Internacional

Morte da rainha leva a rearranjo de US$ 21 bi nas finanças reais

17 set 2022, 19:00 - atualizado em 16 set 2022, 7:55
Rainha Elizabeth
Não é uma transferência de riqueza comum, com várias heranças seguindo regras de séculos (Imagem: Danny Lawson/Pool via REUTERS)

A morte da rainha Elizabeth II gerou expressões de luto em todo o mundo e paralisou partes do Reino Unido antes de seu funeral de estado na segunda-feira.

Também desencadeou uma reestruturação total das finanças da família real.

As principais propriedades que ajudam a financiar a monarquia britânica, algumas estabelecidas oficialmente em 1337, agora servem a uma nova geração da família Windsor.

Não é uma transferência de riqueza comum, com várias heranças seguindo regras de séculos e propriedades tão variadas quanto imóveis corporativos em Londres, o leito do mar no Reino Unido e uma prisão.

O Rei Charles III, de 73 anos, agora tem direito como soberano da Grã-Bretanha a uma pequena parcela de renda da maior entidade de investimentos ligada à monarquia do Reino Unido, a Crown Estate (Propriedades da Coroa), e também de uma entidade privada, o Ducado de Lancaster.

Enquanto isso, seu filho mais velho William, 40, herdou o Ducado da Cornualha, depois de suceder seu pai como Príncipe de Gales e próximo na linha de sucessão ao trono.

A Crown Estate e os ducados reais supervisionam ativos totais de cerca de £ 18,2 bilhões (US$ 21 bilhões), com valorização média de cerca de 70% na última década, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Isso está em grande parte em linha com o aumento dos preços de terras e propriedades.

“É todo um conceito de negócios”, disse David Haigh, CEO da consultoria Brand Finance.

“Eles têm todos esses ativos tangíveis e custos operacionais.”

As mudanças seguem os antigos arranjos financeiros da monarquia britânica, que operam de maneira totalmente diferente da maioria das batalhas de herança.

Para suas funções oficiais, o rei Charles e sua família são financiados através do Sovereign Grant (Subvenção Soberana), um montante fixo anual derivado de um acordo de 1760 entre a monarquia e o governo britânico.

Normalmente, o valor equivale a um quarto dos lucros da Crown Estate, cujas participações incluem a Regent Street, com butiques de moda sofisticadas e a loja de brinquedos Hamleys.

Os lucros do Ducado de Lancaster, que possui 18.481 hectares de terras na Inglaterra e no País de Gales, fornecem renda para o soberano do Reino Unido e tem ajudado a financiar as atividades de outros membros da realeza britânica.

Eles incluem o príncipe Andrew, 62, o segundo filho da rainha, que resolveu um processo nos EUA no início deste ano, por uma quantia não revelada, relacionado a alegações de que ele era um dos vários homens a quem Jeffrey Epstein “emprestou” Virginia Giuffre para abuso sexual.

Ele sempre negou as acusações.

O Ducado da Cornualha — com cerca de 53.000 hectares de terra principalmente no sudoeste da Inglaterra, assim como a prisão de Dartmoor — fornece um arranjo de renda semelhante para o príncipe de Gales e sua família.

Antes de se tornar rei, Charles sustentou o príncipe Harry, 38, e Meghan Markle, 41, com milhões de libras antes de se afastarem dos deveres reais nos últimos anos e se mudarem para os EUA.

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