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Mostramos que a Wiz (WIZS3) é muito mais do que um contrato com a Caixa, diz CEO sobre resultados do 2T22

11 ago 2022, 20:28 - atualizado em 12 ago 2022, 12:07
WIZ - Heverton Peixoto e Guilherme Aguiar
Heverton Peixoto e Guilherme Aguiar, respectivamente CEO e diretor de Relações com o Mercado e M&A da Wiz (Imagem: Divulgação/Raul Spinassé)

Ao anunciar o fim de uma parceria de mais de quatro décadas com a Caixa, a Wiz (WIZS3) deixou claro ao mercado que aceleraria ainda mais a sua estratégia de entrar em novos balcões sem perder o foco de seu core business.

Heverton Peixoto, CEO da Wiz, disse ao Money Times que, seguindo a mesma linha do primeiro trimestre, o balanço divulgado nesta quinta-feira (11) reforça a narrativa de que a Wiz virou a página da perda de contrato com o banco estatal.

“Viramos a página. Mostramos que a Wiz é muito mais do que aquele contrato [encerrado] que muitos acharam que era um caso de ‘vamos desistir dessa empresa'”, afirmou o executivo. 

A receita do segundo trimestre, excluindo comissões, cresceu em relação ao mesmo período de 2021, mostrando que a estratégia adotada pela companhia após o fim da parceria com a Caixa está dando frutos.

A receita bruta totalizou R$ 266,9 milhões, alta de 9% sobre um ano antes, reflexo do desempenho das unidades de negócios BRB Seguros, que adicionou R$ 66,3 milhões, BMG Corretora, com R$ 15,2 milhões, e Wiz Corporate, com R$ 2,6 milhões. A receita bruta corrente, excluindo a Rede Caixa, foi de R$ 208,2 milhões, salto de 84% no comparativo anual.

A receita líquida, excluindo comissões, avançou 10,3% em relação ao ano passado e totalizou R$ 197,3 milhões.

No acumulado do primeiro semestre, a Wiz atingiu recorde de R$ 500 milhões de faturamento total. A companhia está otimista de que conseguirá entregar a meta de R$ 920 milhões a R$ 1 bilhão em receita bruta em 2022.

A Wiz teve queda de 23,6% no lucro líquido do segundo trimestre, a R$ 57,3 milhões, efeito da piora nas linhas de depreciação e amortização e resultado financeiro.

Sob base ajustada, o lucro líquido somou R$ 78,6 milhões, queda de 7,2% ano a ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) gerencial recuou 3%, para R$ 108,4 milhões. A margem também caiu no comparativo anual, mas a 54,9%, patamar que o CEO da Wiz considera “extremamente saudável”.

“Esse nível de rentabilidade, essa estrutura de força de venda, está muito próximo do que entendemos como ideal”, afirma Peixoto.

Mais espaço para crescer

O foco atual da Wiz está em três verticais: bancassurance de soluções financeiras, bancassurance de concessionárias de veículos e varejo – esta última via parceria com Polishop.

Segundo Guilherme Aguiar, diretor de Relações com o Mercado e M&A da Wiz, a estratégia da companhia de explorar seu core business ao mesmo tempo que complementa o portfólio com novas operações vem amadurecendo o modelo de negócios. Ainda assim, a Wiz não atingiu o topo.

“[A Wiz] é uma companhia que já está bem madura no processo de M&A [fusões e aquisições]. A gente já tem método de avaliação e proposta, de como integrar, aterrissar esses negócios e, depois, operar. É o que faz a Wiz ser um parceiro desejado no mercado atualmente, inclusive para futuras parcerias. Mas a gente não acredita que a Wiz está em um patamar ótimo de negócios, parceria e atuação”, comentou.

Aguiar reforçou que, mesmo esperando um segundo semestre ainda desafiador para o mercado de crédito devido aos juros em patamares elevados, há muita oportunidade em todas as unidades da Wiz, com lançamento de novos produtos, maturidade de execução e maturidade da estratégia.

Aguiar disse que a estratégia da Wiz, quando entra em novos balcões, é de crescer rápido nos primeiros trimestres e continuar em uma curva interessante de expansão – embora não nos mesmo níveis do início.

Solução ideal para o varejo

A criação de uma joint venture com a Polishop marca a entrada da Wiz no segmento de varejo. Pela parceria, a Wiz ficará encarregada dos canais de vendas da varejista, visando impulsionar o resultado em seguridade.

De acordo com o CEO da Wiz, dois fatores explicam a decisão da companhia de atuar na indústria de varejo: o interesse de varejistas em se tornarem mais rentáveis e a necessidade dos players do setor de oferecer uma oferta cada vez mais completa.

Segundo Peixoto, com o mercado de varejo apresentando desafios de rentabilidade em um cenário difícil para a economia brasileira, a Wiz e sua solução de produtos financeiros se encaixam como uma luva para as empresas.

Além disso, o aumento da concorrência no setor tem pressionado os players do mercado a complementar suas operações. Peixoto comentou que empresas do varejo que não estão diversificando a oferta vão ficar para trás. Varejistas como Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre perceberam isso, e já estão nesse processo de diversificação, olhando mais para produtos secundários.

“Quando você junta esses dois fatores – o interesse dos varejistas de aumentar sua rentabilidade e buscar oportunidades num momento desafiador com o fato de que precisam complementar sua oferta -, a Wiz vem como uma solução ideal”, completou o executivo.

Confira a participação de Heverton Peixoto no quadro Turnaround do Money Times:

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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