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Moura Dubeux (MDNE3): Santander inicia cobertura com “outperform”; ação pode subir 80%

01 ago 2022, 14:01 - atualizado em 01 ago 2022, 14:01
Apesar das pressões inflacionárias no setor de construção, a Moura Dubeux tem capacidade de manter suas margens em níveis saudáveis, avalia o Santander (Imagem: Reprodução/Moura Dubeux)

O Santander (SANB11) iniciou a cobertura da Moura Dubeux (MDNE3) com recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) e preço-alvo de R$ 9,50 para as ações, o que implica um potencial de alta de quase 80% em relação ao preço do último fechamento.

O rating de outperform é suportado pela dominância da Moura Dubeux no mercado imobiliário do Nordeste, além de um cenário de melhora de lucratividade, sólido balanço patrimonial, valuation barato e interessante CAGR (taxa de crescimento anual composta) do lucro por ação de 41% esperado para 2021-24.

“A Moura Dubeux tem um longo histórico e uma extensa expertise em desenvolvimento de projetos residenciais, dado o seu modelo de negócios verticalmente integrado (de construção a vendas), tendo a capacidade de lançar até R$ 2,5 bilhões em VGV (Valor Geral de Vendas) por ano”, destacam Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, do time de análise do banco, em relatório publicado neste domingo (31).

Modelo diferenciado

A Moura Dubeux é atualmente a maior construtora imobiliária do segmento de média para alta renda no Nordeste. O Santander destaca que, depois da crise econômica de 2014-16, a empresa se tornou a única do segmento com a capacidade de lançar mais de R$ 500 milhões em VGV por ano em um mercado com capacidade média de lançamentos de R$ 8,6 bilhões desde 2012, considerando as sete cidades onde atua.

A empresa atua em uma das regiões brasileiras com cenário competitivo favorável, depois que diversas construtoras de maior porte deixaram de atender o Nordeste, diz o banco.

O Santander reforça ainda que o modelo diferenciado da Moura Dubeux, dividido em modelo de desenvolvimento tradicional e modelo de condomínio, permite que a companhia apresente certa resiliência em períodos de crise.

Segundo  o Santander, o modelo de condomínio é mais resiliente durante crises econômicas, já que está menos suscetível a cancelamentos e se beneficia de uma exposição de caixa menor no nível do projeto.

“Adicionalmente, a Moura Dubeux investe na integração vertical das suas operações ao treinar suas próprias equipes de construção e vendas, consequentemente melhorando a eficiência de alocação de custos e despesas”, acrescentam Oreng, Castrucci e Meloni.

Margens saudáveis

O Santander acredita que, apesar das pressões inflacionárias no setor de construção, a Moura Dubeux tem capacidade de manter suas margens em níveis saudáveis, dada a sua exposição a mercados com menor demanda e competição para materiais de construção, levando a menores aumentos de custos em seus sites. A modalidade de condomínio, com margens de aproximadamente 60%, ajudam a sustentar as linhas consolidadas.

“Assumimos que a margem bruta da companhia alcançará 36,5% em 2022 antes de gradualmente convergir a 34,7% no longo prazo, já que a porcentagem do modelo de condomínio no reconhecimento do mix de receitas deve cair – a Moura Dubeux espera que o modelo de condomínio represente 30% de seus lançamentos de 2022 em diante”, afirma o time de análise.

O Santander também vê a Moura Dubeux entrando em uma fase de queima de caixa até 2024, durante os estágios iniciais de desenvolvimento de projetos residenciais.

“Como resultado, esperamos pagamento de dividendos apenas a partir de 2025”, completa o banco.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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