Empresas

MP pede fechamento de planta da BRF em Lajeado para conter coronavírus

04 maio 2020, 13:22 - atualizado em 04 maio 2020, 19:38
BRF
A ação também exige que as empresas sejam obrigadas a limpar e descontaminar as unidades industriais durante o período de suspensão dos trabalhos (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

O Ministério Público do Rio Grande do Sul entrou com ação judicial pedindo o fechamento por ao menos 15 dias de duas plantas de processamento de carne no Estado, incluindo uma da BRF (BRFS3), como forma de evitar a propagação do coronavírus e proteger trabalhadores.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, os promotores disseram que buscam aval da Justiça para fechar temporariamente uma unidade da BRF em Lajeado e uma outra operada por uma empresa não listada no mesmo município.

A BRF não respondeu de imediato a um pedido de comentários.

A ação também exige que as empresas sejam obrigadas a limpar e descontaminar as unidades industriais durante o período de suspensão dos trabalhos, incluindo os sistemas de ar-condicionado, veículos próprios e de terceiros, e espaços internos e externos dos frigoríficos.

Ainda não há uma decisão sobre o pedido do Ministério Público estadual.

O pedido de fechamento das plantas, assinado pelo promotor Sérgio Diefenbach, marca mais um movimento para conter a disseminação do vírus em unidades de processamento de carne no Sul do Brasil.

Autoridades sanitárias no Rio Grande do Sul disseram na semana passada que o coronavírus já havia atingido pessoas em ao menos nove unidades de processamento de carne na região, incluindo uma planta da BRF em Marau e uma da JBS em Passo Fundo.

Cerca de 16,3 mil pessoas que trabalham nessas plantas poderiam ter sido expostas a riscos, disseram as autoridades.

Em uma outra decisão vista pela Reuters, um Tribunal do Trabalho decidiu pela imposição de medidas adicionais de proteção à saúde dos funcionários de uma outra unidade da JBS no Rio Grande do Sul –esta, localizada em Trindade do Sul.

A planta permanece aberta, mas a JBS disse em comunicado enviado à Reuters que vai recorrer da decisão, datada de 30 de abril, uma vez que está seguindo as diretrizes de saúde recomendadas pelo governo.

(Atualizada às 19h37)

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