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MRV: FGTS é perene e saudável no financiamento de imóveis voltados para o MCMV

10 ago 2017, 16:46 - atualizado em 05 nov 2017, 13:58

MRV

O diretor executivo de finanças e relações com investidores da MRV, Leonardo Corrêa, afirmou que não vê a possibilidade de falta de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no médio prazo para abastecer o Minha Casa Minha Vida (MCMV), programa que é o foco de atuação da construtora.

“O FGTS é uma fonte perene e saudável no financiamento de imóveis dentro do MCMV, para a população de baixa renda”, afirmou nesta quinta-feira, o executivo. O diretor da MRV disse que o orçamento do FGTS para o programa habitacional foi preservado, apesar dos saques recentes nas contas inativas e do ciclo de queda da Selic, que baliza investimentos do fundo.

Corrêa acrescentou também que a Caixa Econômica Federal, gestora do FGTS, tem feito um trabalho cuidadoso em preservar a saúde do fundo no longo prazo, e conta com o apoio das empresas do setor de incorporação imobiliária. “Não interessa ao setor haver pico de atividade em um determinado ano e falta de recursos no outro”, ponderou.

O posicionamento da MRV na teleconferência veio após a circulação de um relatório do Credit Suisse, em que os analistas Nicole Hirakawa, Luis Stacchini e Vanessa Quiroga rebaixaram a classificação das ações da construtora de “outperform” (desempenho acima do mercado) para “neutral” (em linha). Entre as justificativas dos analistas para a revisão constam as perspectivas de potenciais limitações do FGTS para liberação de crédito.

Os analistas do Credit Suisse calcularam que o volume elevado de saques do FGTS e o ciclo de redução da taxa básica de juros podem comprometer a sustentabilidade dos empréstimos para o mercado imobiliário. Eles observam que 40% dos ativos do fundo estão aplicados em títulos públicos, cuja rentabilidade irá diminuir com os cortes da Selic.

Outro ponto observado é que o fundo pode perder mais uma fonte de recebíveis caso seja aprovado no Congresso o projeto que acaba com multa de 10% do FGTS paga por empresas na demissão de empregados, cenário que os analistas classificam como provável.

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