MRV (MRVE3): A visão da XP sobre as projeções mais ‘contidas’ para 2024

Para a XP Investimentos, o Investor Day 2024 realizado pela MRV (MRVE3) não trouxe muitas novidades na revisão do guidance em relação ao que era esperado pelo mercado.

Entre os principais pontos destacados pelo relatório, assinado por Ygor Altero e Ruan Argenton, estão:

• o guidance de lucro líquido de 2024 entre R$ 250-290 milhões, impactado por maiores despesas financeiras;
• contínua diminuição do financiamento total pró-soluto, ajudado pela possível aprovação do FGTS Futuro; e
• uma potencial movimentação societária envolvendo a Resia.

Guidance da MRV mostra projeções mais contidas

A estimativa futura de receita líquida da MRV foi alterada para um crescimento de 7% em 2024 e 12% em 2025. Dentre os motivos levantados, estão a receita de R$ 1,3 bilhão a partir das vendas de 2023 e a retomada da velocidade de produção a partir de níveis pré-pandêmicos.

A meta de volume de vendas em 40 mil unidades por ano foi mantida, concomitante com a estratégia de redução de números de cidades em que a MRV opera.

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Sobre a aprovação do FGTS Futuro, a XP afirma que “o RET 1 deve ser uma alavanca para o crescimento dos lucros, com 35% do portfólio da MRV exposto à faixa 1 do programa MCMV, potencialmente gerando aproximadamente R$ 70 milhões de acréscimo anual de lucro líquido”.

De acordo com o relatório, há a expectativa de que a MRV desacelere a aquisição de terrenos, à medida que vai consumindo seu atual banco de terrenos e reduz a alocação de capital implícito.

Também, as expectativas para os lucros da Urba e Luggo, marcas da MRV, foram reduzidas, com a esperança de uma geração de caixa ligeiramente positiva e um lucro líquido neutro.

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A empresa também citou uma potencial movimentação societária para 2024 envolvendo a sua subsidiária Resia, com a finalidade de aumentar a flexibilidade operacional dela. A MRV não forneceu mais detalhes sobre o assunto.

A XP tem uma avaliação neutra dos pontos divulgados pela MRV.

“Embora a divulgação do guidance para o lucro líquido de 2024 seja uma novidade em relação ao guidance anterior, observamos que as revisões do guidance não são materialmente diferentes das métricas que o mercado precificou nas últimas semanas e, portanto, não esperamos uma reação significativa das ações”, afirma a corretora.