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MRV (MRVE3) impressiona com lançamentos, mas ação desaba com fluxo de caixa ainda pressionado

15 jul 2025, 14:53 - atualizado em 15 jul 2025, 14:53
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A ação chegou a cair 7,97% na mínima do dia, a R$ 6,26. (Imagem: Divulgação)

A MRV (MRVE3) surpreendeu positivamente nos lançamentos e vendas do segundo trimestre de 2025, mas o fluxo de caixa ainda frágil voltou a pesar, e o mercado não perdoou. A ação chegou a cair 7,97% na mínima do dia, a R$ 5,77.

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Por volta das 14h50, os papéis recuavam 5,74%, cotados a R$ 5,91.



Segundo o Banco Safra, os resultados operacionais foram fortes, com lançamentos somando R$ 3,4 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV), 13% acima do estimado pelo banco. As vendas líquidas somaram R$ 2,7 bilhões, com alta de 24% no trimestre, mas ficaram 4% abaixo das expectativas. O índice de vendas sobre oferta (VSO) atingiu 22,2%, com leve avanço trimestral, mas ainda abaixo da projeção da casa.

Apesar do bom desempenho comercial, o fluxo de caixa segue sendo a preocupação dos analistas. A queima operacional ajustada ficou em R$ 77 milhões, enquanto o Safra esperava geração positiva de R$ 30 milhões. O resultado foi impactado por atrasos em subsídios regionais e mudanças na política de repasses da Caixa.

Já a subsidiária americana Resia contribuiu positivamente, com geração de caixa de R$ 215 milhões no trimestre, fruto da venda do empreendimento Dallas West e de um terreno.

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Na visão do Safra, o desempenho da MRV ainda não é suficiente para gerar otimismo. A recomendação segue neutra, com preço-alvo de R$ 8 e expectativa de reação negativa do mercado, o que se confirmou ao longo do pregão.

Do outro lado, o Itaú BBA teve uma leitura levemente positiva dos resultados. O banco destacou que os lançamentos vieram 37% acima das suas projeções e que as vendas brasileiras ficaram 11% acima do esperado. A queima de caixa de R$ 104 milhões, embora relevante, foi considerada mais branda do que os R$ 150 milhões consumidos no 1T25.

O BBA também valorizou o desempenho da Resia, que gerou US$ 39,3 milhões (cerca de R$ 219 milhões) em caixa, revertendo as perdas registradas nos dois trimestres anteriores.

Mesmo assim, o banco mantém preferência por outras construtoras do segmento de baixa renda como Direcional (DIRR3), Cury (CURY3) e Plano&Plano (PLPL3).

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.