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MRV (MRVE3): ‘Menos atrativa’, ação despenca por outro motivo além de prévia

17 out 2022, 13:46 - atualizado em 17 out 2022, 13:46
mrv resia AHS
Empresa da MRV nos Estados Unidos puxou queima de caixa no terceiro trimestre, o que ajudou na piora de números, queda na bolsa e corte em recomendação de ações (Imagem: Divulgação/AHS Residential)

As ações da MRV (MRVE3) aceleraram as perdas, no maior tombo do índice Ibovespa, com investidores reagindo à prévia operacional do terceiro trimestre, na qual trouxe números fracos.

Por volta das 13h40 desta segunda-feira (17), os papéis despencavam mais de 12%, a R$ 9,20.

Além disso, o Itaú BBA rebaixou a recomendação para as ações de compra para neutra (market perform), além do preço-alvo, de R$ 15 para R$ 12.

Os analistas dizem que, após os resultados mais fracos no terceiro trimestre, ação da construtora ficou menos atrativa devido aos riscos envolvidos nas operações intensivas em caixa nos Estados Unidos, provavelmente, tendo o pior mercado imobiliário em 15 anos. Além da recuperação mais lenta do que o esperado nas operações do Brasil.

Apesar das operações domésticas poderem ter um impulso visto o cenário mais positivo para o segmento de baixa renda, o Itaú BBA diz preferir Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3).

MRV sem riscos, mesmo com corte

Mesmo com o corte de recomendação e de preço-alvo, a equipe do Itaú não vê riscos de liquidez para MRV. “A empresa possui, indiscutivelmente, ativos líquidos que poderiam ser monetizado, se necessário”, comentam os analistas.

No entanto, o Itaú BBA acredita que a falta de clareza na geração de caixa nos próximos trimestres, principalmente nos Estados Unidos com a subsidiária Resia (ex-AHS), pode manter os investidores longe das ações, por enquanto.

“Saque enquanto ainda ganha”, dizem os analistas, à espera de mais clareza no exterior, acrescentando que, embora a ação já tenha caído 15% nos últimos 10 dias, não veem motivo para otimismo com a MRV no momento.

Baixa renda no foco, mas não MRV

Os analistas do Itaú BBA ressaltam que há alternativas para aproveitar o momento positivo do segmento de baixa renda, reiterando a preferência por Cury, Direcional e, também, Plano&Plano (PLPL3).

“Não há pressa em se tornar positivo sobre o mercado imobiliário dos Estados Unidos. O último CPI [indicador de inflação norte-americano] indica que ainda pode haver mais risco de queda para as taxas do que o oposto”, reforça a equipe do banco.

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Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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