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Mudanças à vista no GPA (PCAR3)? Família Coelho Diniz eleva participação e pede eleição de novo conselho de administração

25 ago 2025, 8:25 - atualizado em 25 ago 2025, 8:25
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A família Coelho Diniz elevou participação no conselho de administração do GPA e pediu mudanças no conselho de administração (Imagem: Wikiacommons)

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), ou apenas GPA, deve passar por mudanças em seu conselho de administração, após a família Coelho Diniz elevar a participação para 24,6% e, com isso, pedir a convocação de assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir a destituição da atual composição e eleição de novos membros para o conselho.

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De acordo com o comunicado enviado ao mercado pela varejista de alimentos na noite de domingo (24), o motivo da família é tornar a representatividade no conselho proporcional à atual participação societária que detém, o que “se dará por meio da oportuna indicação de pessoas com qualificação técnica, com reforço de competências específicas, em linha com os desafios vislumbrados para a companhia”.

A convocação da AGE teve apoio unânime dos membros do conselho de administração, dessa maneira, o GPA irá convocá-la e, além do tema mencionado, irá deliberar também a eleição de membro e respectivo suplente do conselho fiscal, após renúncias recentes dos ocupantes destes cargos.

Em meados de julho deste ano, a família Coelho Diniz já havia atingido mais de 17% de participação no capital da holding que detém as redes de supermercados Pão de Açúcar e Extra.

Assim, em conjunto, a família Coelho Diniz se torna a maior acionista do GPA, superando a empresa francesa Segisor, que tem pouco mais de 20% do capital. A Segisor se tornou acionista após reorganização societária realizada em 2015 pela Casino, antiga controladora do Grupo Pão de Açúcar.

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Os membros da família são André Luiz Coelho Diniz, Alex Sandro Coelho Diniz, Fábio Coelho Diniz, Henrique Mulford Coelho Diniz e Helton Coelho Diniz.

O atual momento do GPA

No início deste mês, o GPA divulgou balanço referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25), em que registrou redução do prejuízo líquido consolidado para R$ 216 milhões, ante perda de R$ 332 milhões no mesmo período do ano passado.

A melhora no resultado veio do avanço no desempenho operacional, dado o deslocamento da Páscoa para o segundo trimestre neste ano.

O prejuízo, no entanto, foi pior do que o esperado pelo consenso do mercado. Estimativas apontavam para um número negativo em R$ 145 milhões.

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Na linha do resultado operacional, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, a companhia reportou R$ 420 milhões no segundo trimestre, alta de 6,1% ano a ano, com expansão de 0,2 ponto percentual na margem, para 9%.

Analistas não se animaram com o balanço da companhia, que enfrenta um processo de turnaround, isto é, uma reestruturação do negócio.

Na visão do BTG Pactual, em relatório após o balanço, o GPA reportou resultados fracos no trimestre, mesmo com o desempenho operacional ligeiramente acima das expectativas, impulsionado por uma rentabilidade melhor do que o previsto. O banco destaca que a empresa foi prejudicada pela elevada alavancagem financeira, que permanece entre as principais preocupações.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.