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Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA3): Shoppings desafiam tropeços do varejo e devem ter resultados positivos

05 fev 2022, 18:03 - atualizado em 05 fev 2022, 19:02
Multiplan
O fim das restrições da pandemia da Covid-19 foram essenciais para o bom desempenho do setor (Imagem: Divulgação/Multiplan)

Relatório de análise assinado por Gustavo Caetano e Rafael Quick, do Inter Research, projeta que o setor de shoppings centers deve apresentar resultados superiores à média do varejo para o 4º trimestre de 2021.

Os analistas dão destaque especial para as administradoras detentoras de maior qualidade no portfólio, que deverão reportar boa rentabilidade operacional, resultado de uma maior robustez na cobrança de aluguéis.

Um fator relevante para os prováveis bons resultados é fim das restrições da pandemia da Covid-19, que permitiu que os shoppings funcionassem dentro da normalidade, com a sua capacidade máxima de operação.

Desta forma, espera-se para o último trimestre do ano um volume positivo de vendas e fluxo de pessoas.

A análise destaca os fortes resultados que a Multiplan (MULT3), por exemplo, já vinha apresentando ao longo do ano, com ganhos de rentabilidade sem renunciar ao equilíbrio operacional.

As prévias do quarto trimestre de 2021 reportadas pela companhia já mostraram um crescimento de aluguéis nas mesmas lojas (SSR) ajustado à variação do IGP-DI, simultâneo à estabilidade na taxa de vacância (95,3%) e robustez nas vendas totais.

O Inter Research espera que a companhia reporte um avanço anual de 22% em receita, valor superior aos níveis pré-pandemia (quarto trimestre de 2019), impulsionado pelas locações e melhora no fluxo dos estacionamentos.

Os números das prévias da Iguatemi (IGTA3) também foram considerados positivos. Os analistas destacam as vendas totais reportadas pela companhia, cerca de 20% acima das projeções, além de um avanço considerável de 1,3 p.p. na taxa de ocupação (92%).

Na mesma linha dos seus pares, a brMalls (BRML3) deve seguir em trajetória de recuperação e acompanhar a apresentação de bons resultados.

A projeção é de uma receita líquida de R$ 361 mm (+19% t/t e +24% a/a), impulsionado pela aceleração de reajustes na sua política de aluguéis e melhor fluxo nos estacionamentos. A companhia deve reportar despesas com vendas nominalmente estáveis e melhora marginal nas despesas.

A Aliansce Sonae (ALSO3) deve apresentar evolução robusta em vendas e manter sua relação próxima com o resultado nas locações, o que ainda deverá colocá-la atrás dos demais pares em termos de rentabilidade por m² locado.

Para o último trimestre do ano, a projeção é que a companhia reporte uma receita líquida consolidada de R$ 281 mm, um avanço de 17% frente ao ano anterior.

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Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
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