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“Na Bitso, estamos abertos à regulamentação”, diz CEO

10 dez 2021, 17:44 - atualizado em 10 dez 2021, 17:45
Para ele, a necessidade de debates amplos e inclusivos já é uma demanda concreta por aqui também. (Imagem: Daniel Vogel/Divulgação)

O crescimento de investidores institucionais e empresas relacionadas ao mercado de criptomoedas foi um destaque em 2021. O mercado de criptoativos é relativamente novo, e somado com a alta volatilidade, uma adoção grande pode mudar o mercado em um curto prazo.

No ano que vem, existem alguns pontos que podem mexer com o mercado cripto, como as questões regulatórias e entradas de investidores institucionais. Também há alguns setores que são os “queridinhos” entre os grande players, e que prometem ser os mais promissores.

A fim de entender um pouco mais sobre a expectativa desse cenário para 2022, o Crypto Times conversou com Daniel Vogel, CEO da Bitso – uma das grandes corretoras de criptoativos pelo mundo, com atuação na Argentina, México e Brasil.

Regulamentação

Na opinião de Vogel, em 2022 veremos uma grande transformação no cenário regulatório. Para ele, à medida que o uso de ativos digitais e criptoativos cresce em popularidade, e seu uso passa a trazer ainda mais benefícios para a população em geral, a necessidade de se tornar um fato ainda mais relevante para todos aqueles que trazem valor a essa indústria, como plataformas, desenvolvedores, consumidores e autoridades públicas.

“Enquanto os reguladores se tornam cada vez mais familiarizados com os benefícios que vêm com a tecnologia blockchain e criptomoeda, temos esperança de que eles encontrarão maneiras de proteger os usuários e, ao mesmo tempo, permitir espaço para inovação.”

Ele também diz que veremos mais países aprovando leis para regular esse mercado, e muitas das atuais estruturas regulatórias em vigor mudarão à medida que a indústria continua a se expandir e evoluir: “Na Bitso, estamos abertos à regulamentação.”

O CEO opina que a regulamentação é algo necessário e crucial para que exista uma adoção em larga escala de novos produtos, ou para que o mercado seja visto com menos preconceito.

Ele comenta que apoiar a criação de marcos regulatórios para ativos digitais sempre esteve à raiz da existência da Bitso:

“Trabalhamos com o Governo do México para a criação da Lei de Fintechs, contribuindo para a criação de um marco regulatório capaz de gerar segurança jurídica para o setor de serviços financeiros tecnológicos da região.”

Ele conta que também estão cooperando com o Governo da Colômbia no âmbito do projeto de sandbox regulatório, além de estarem contribuindo com o projeto do Governo de El Salvador. 

No Brasil,  Vogel admite ainda estar longe de apresentar estatísticas parecidas, mas, para ele, a necessidade de debates amplos e inclusivos já é uma demanda concreta por aqui também.

“Regulações, sejam elas para o ecossistema de ativos digitais ou outras indústrias, precisam ter  como objetivo fundamental abarcar a inovação e atividades econômicas dentro dos limites da proteção ao consumidor e da promoção da estabilidade financeira.”

Os institucionais chegam para a festa

Vogel diz que a adoção de criptoativos tem sido uma tendência óbvia, especialmente na América Latina, onde as criptomoedas começaram a ser usadas como reserva de valor e para pagamentos ponto a ponto.

“A indústria de criptomoedas cresceu rapidamente no último ano – tanto que um relatório recente da Chainalysis mostrou que a adoção global cresceu 881% do primeiro semestre de 2020 ao primeiro semestre de 2021.”

Segundo ele, este ano foi um ponto de virada para o aumento da aceitação institucional e regulatória das criptomoedas, com El Salvador como um exemplo perfeito de um país que reconhece o poder da criptomoeda.

Ele diz esperar que o ímpeto continue e que os investidores institucionais e de varejo continuem a adotar e investir em criptomoedas, cujos benefícios estão se tornando cada vez mais conhecidos, segundo Vogel.

 

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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