BusinessTimes

Na corrida digital, Banco do Brasil acelera para ganhar território; ação está descontada

11 out 2021, 10:13 - atualizado em 11 out 2021, 10:13
Banco do Brasil
O Banco do Brasil tem buscado fechar parcerias com agritechs, fintechs, govtechs e startups para promover novos negócios e linhas de receitas (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os esforços do Banco do Brasil (BBAS3) para adaptar seus negócios ao mundo digital não passaram despercebidos pelos analistas. Segundo o Inter Research, que participou do Investor Day da estatal na última semana, a companhia, cujo objetivo é integrar os canais físicos e digitais para alcançar uma estrutura mais leve, mostrou que já está pronta e entregando as demandas do Open Banking.

“O banco tem mostrado uma adaptação às tendências, como o uso de machine learning, inteligência artificial, big data e também na capacitação de pessoal com programas de cursos chamado BB Data Driving, no qual, por meio de plataformas de cursos online, busca democratizar a ciência de dados para todos os funcionários”, comentou o analista Matheus Amaral.

O Inter Research também mencionou os esforços do Banco do Brasil em fechar parcerias com agritechs, fintechs, govtechs e startups para promover novos negócios e linhas de receitas.

“Inclusive, em outubro, deve lançar novos produtos e futuramente um agregador financeiro tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas, em linha com iniciativas do Open Banking”, completou Amaral.

Credit Suisse, XP Investimentos e Bank of America também participaram do Investor Day. Além dos investimentos em soluções digitais, o banco suíço mencionou a vasta presença do Banco do Brasil no país como diferencial para implementar uma estratégia omnichannel bem-sucedida.

Fortalecendo a pauta ESG

A pauta ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, ou Ambiental, Social e Governança Corporativa traduzido para o português) é um dos principais focos do Banco do Brasil no momento.

A administração da companhia comunicou sua meta de ter 23% de pessoas pretas e pardas no seu quadro de funcionários, além de 30% de mulheres em posições de liderança até 2025.

O banco também disse que pretende trabalhar em algumas ações para melhorar o meio ambiente, como políticas de neutralidade de carbono, redução de consumo de energia e investimentos em crescimento sustentável.

Desconto da ação

Banco do Brasil
Apesar da falta de informações sobre desinvestimentos, o Inter Research continua com a percepção de que o ativo está “excessivamente descontado” (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Sem mais surpresas, o time de análise do Credit Suisse manteve a recomendação neutra para a ação da estatal, com preço-alvo de R$ 38.

“Nossa tese permanece a mesma”, afirmaram os analistas Marcelo Telles e Daniel Vaz. ” O BB reforçou sua expectativa de crescer linhas de crédito mais arriscadas no varejo, mencionando que as provisões devem retornar aos níveis pré-pandêmicos. Em relação a tarifas, a companhia está focada na oferta do UBS BB, em assessoria financeira e nos programas de cashback como formas de se recuperar do efeito causado pela implementação do Pix. As despesas estão sob pressão da inflação; no entanto, as medidas de eficiência da companhia podem mitigar isso no próximo ano”.

O Inter Research manteve a recomendação de compra para o papel, bem como o preço-alvo de R$ 39 ao fim de 2022. Apesar da falta de informações sobre desinvestimentos, a instituição continua com a percepção de que o ativo está “excessivamente descontado”.

A XP também vê a ação sendo negociada a múltiplos atrativos. Isso, somado a um dividend yield (rendimento do dividendo) atraente (15% em 2022) e o caráter defensivo do modelo de investimento, sustenta a recomendação de compra da corretora e seu preço-alvo de R$ 52.

O Bank of America também tem recomendação de compra para o Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 44.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.