Nasdaq nas alturas: Por que a bolsa de tecnologia está nas máximas históricas?

As bolsas nos Estados Unidos amanheceram em alta nesta quinta-feira (26), com o Nasdaq, o índice que agrega principalmente empresas de tecnologia, próximo das suas máximas históricas. Acompanhe a cobertura de mercados ao vivo.
Os resultados robustos da fabricante de chips Micron alimentaram o otimismo do dia, juntamente com o recorde das ações da Nvidia (NVDA). Ambos motivos têm um ponto em comum: o apetite dos investidores por exposição à tese da Inteligência Artificial (IA).
Por volta das 11h30, o Nasdaq Composite avançava 0,60%, para o patamar de 20,093.65 pontos, o recorde histórico do índice. No mesmo horário, o S&P 500 avançava 0,59%, aos 6,126.66 pontos e o Dow Jones, 0,66%, aos 43,279.69 pontos.
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Começando pela Micron, a empresa divulgou resultados que do terceiro trimestre que superaram as estimativas dos analistas de Wall Street, tanto na receita quanto no lucro.
Assim, o lucro líquido por ação foi de US$ 1,91,superando o consenso da Bloomberg, de US$ 1,60. Já a receita líquida foi de US$ 9,30 bilhões, acima das estimativas de US$ 8,85 bilhões.
As perspectivas da empresa para o quarto trimestre, tanto para lucro quanto para receita, também foram melhores do que o esperado.
Ainda assim, as ações MU, negociadas no Nasdaq, não reagem com o mesmo ímpeto, recuando 1,14%, aos US$ 125,80, por volta das 11h40.
Nasdaq na carona de Micron e Nvidia
Do mesmo modo, a empresa queridinha da IA, as ações da Nvidia subiram mais de 4% no pregão da quarta-feira (25), atingindo um novo recorde de preços de US$ 154,31. Hoje, os papéis saltam mais de 1,08% no mesmo horário.
Voltando alguns passos, as ações da Nvidia tiveram uma alta significativa após os resultados do primeiro trimestre com uma receita acima das expectativas, mostrando que a companhia continua a desenvolver o projeto, apesar de uma nova proibição de exportação de vendas de seus chips para um de seus maiores mercados, a China.
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Assim, a alta não tem um motivo único e específico e é atribuída a uma recuperação das cotações após uma queda no primeiro semestre deste ano.
Um adeus de Jerome Powell?
Por fim, a “cereja do bolo” que impulsionou o Nasdaq é o potencial anúncio antecipado do nome que substituirá Jerome Powell, atual presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar cada vez mais próximo de anunciar o substituto para Powell pela demora no corte dos juros norte-americanos.
Trump disse a repórteres na quarta-feira que ele tem três ou quatro candidatos. A perspectiva do anúncio fez o índice americano saltar.*
Apesar das ameaças, a Suprema Corte dos EUA reconheceu a autonomia do Fed e a imunidade de seus diretores contra remoção por divergências com a Casa Branca.
Em outras palavras, nem Powell nem os formuladores de política monetária podem ser demitidos por Trump, embora os ataques presidenciais não devam cessar tão cedo.
*Atualizado às 16h08 para deixar a informação de que é o anúncio do substituto (e não a substituição) de Powell é o que motivou a alta do Nasdaq mais clara.