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Natura (NTCO3): Para XP, troca de CEO simplifica estrutura corporativa e alavanca autonomia

17 jun 2022, 14:41 - atualizado em 17 jun 2022, 14:41
Natura
Ações da Natura dispararam após o anúncio da troca de CEO, chegando à alta de 10% no pregão (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

A XP Investimentos reiterou sua recomendação de compra para os papéis da Natura&Co (NTCO3) em meio ao processo de troca de CEO.

Substituindo Roberto Marques no cargo de presidente-executivo da empresa, entra Fábio Barbosa. O executivo já foi CEO do Banco Real/Santander por 15 anos e hoje é membro do conselho de diversas empresas, incluindo Ambev (ABEV3), Itaú (ITUB4) e a própria Natura.

O executivo destacou que suas principais contribuições para a companhia devem ser sua experiência na gestão de pessoas e descentralização.

Na leitura da corretora, a mudança é positiva, pois simplifica a estrutura corporativa da companhia e alavanca a autonomia dos CEOs nas unidades de negócio, além de aumentar a agilidade da empresa para tomar decisões durante um cenário macro desafiador.

Segundo a XP, Barbosa tem um sólido histórico profissional, sobretudo no mercado financeiro. Barbosa também é um forte apoiador das práticas ESG, destaca a corretora, tendo trabalhado no lançamento do primeiro fundo brasileiro focado em responsabilidade social (Fundo Ethical).

Na quarta-feira (15), as ações da companhia dispararam após o anúncio, fechando em alta de mais de 8% no pregão.

Economias

De acordo com a head de varejo Danniela Eiger e equipe, as mudanças na Natura devem levar a economias na estrutura corporativa.

Hoje, as despesas totalizam cerca de US$ 80 milhões, mais ou menos 8% da estimativa de Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2023 da XP.

A corretora espera que essas economias sejam capturadas no próximo ano, “uma vez que ocorrerá um processo de transição com um comitê que deve ser eliminado com a conclusão desse processo (até o fim de 2022)”.

A XP segue com um olhar construtivo para a reestruturação da Avon, tendo o ponto como uma importante alavanca de valor para defender a sua tese de investimento da Natura.

“Apesar de esperarmos que o momento de resultados de curto prazo siga desafiador por conta do cenário macro atual, devemos começar a ver uma melhora mais material de métricas operacionais da Avon no segundo semestre de 2022″, aponta.

A Natura não deu nenhum indício de que mais mudanças seriam feitas. Contudo, a companhia mencionou que o comitê de transição irá analisar o que deve ser descentralizado e eliminado, assim como potenciais revisões geográficas.

Diante disso, a XP acredita que poderá ser feito novos ajustes dentro das unidades de negócio ou entre elas.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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