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Netflix (NFLX): Cobrança de compartilhamento de senhas é uma “confusão”, afirmam usuários do streaming

01 jun 2022, 15:58 - atualizado em 01 jun 2022, 15:58
Netflix
O compartilhamento de senhas tem sido encarado como um problema para a Netflix (Imagem: Unsplash/charlesdeluvio)

Após iniciar testes para cobrança do compartilhamento de senhas, usuários da Netflix (NFLX; NFLX34) relataram que as definições por trás de nova política de fiscalização da empresa de streamings é “confusa” e não possui termos claros. Até o momento, os testes foram feitos apenas com usuários do Chile, Peru e Costa Rica.

A medida da Netflix de cobrar assinantes que compartilham suas contas com terceiros surgiu em abril deste ano, após o serviço relatar uma queda histórica de 200 mil usuários no primeiro trimestre de 2022. Segundo os resultados publicados pela empresa, cerca de 100 milhões de famílias teriam acesso ao seu catálogo de filmes e séries de forma irregular.

Apesar da tentativa de aumentar sua receita com a cobrança de taxas adicionais – algo em torno de US$ 2 a US$ 3 nos mercados testados –, a Netflix tem enfrentado dois grandes problemas: A definição de “lar” e o desenvolvimento de um sistema de fiscalização realmente eficaz.

A primeira questão encarada pela empresa, além de conceitual, diz respeito, principalmente, aos usuários que utilizam suas contas em mais de um aparelho em diferentes aparelhos. Um exemplo disso, seriam famílias com casas de campo ou na praia.

Com os acessos sendo realizados a partir de diferentes localidades, a plataforma poderia entender que aquilo se trata de um usuário adicional e solicitar uma taxação indevida. A questão foi trazida nas redes sociais por muitos internautas após a divulgação da medida pela Netflix.

Em declaração ao Business Insider, um porta-voz da Netflix afirmou que o serviço deveria ser utilizado por pessoas que vivem na mesma casa. “Quando começamos a trabalhar no compartilhamento pago há mais de 18 meses, ficou claro há cinco anos que ‘uma conta Netflix é para pessoas que vivem juntas em um único domicílio”.

Por outro lado, de acordo com publicação feita pelo portal Rest of World, assinantes do Chile, Peru e Costa Rica relataram que, apesar do pagamento dos valores adicionais, suas contas não foram sujeitas a nenhuma forma de fiscalização adicional.

Segundo especialistas, a maior parte das tecnologias disponíveis hoje no mercado não permitiriam uma fiscalização adequada ou flexível o suficiente para o tipo de serviço prestado pela plataforma. Desde o uso da localização por GPS ou a identificação do endereço de IP, todas ferramentas apresentam de alguma maneira, fatores que limitariam a usabilidade de suas assinaturas.

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Estagiário
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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