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Netflix (NFLX) no mundo invertido, Musk alavanca Twitter (TWTR) e mais destaques em tecnologia nesta semana

23 abr 2022, 15:00 - atualizado em 22 abr 2022, 19:16
Netflix
Nesta semana, o mundo da tecnologia passou novamente por turbulências (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

A semana pode ter sido mais curta no Brasil, mas foi bastante turbulenta para as empresas de tecnologia dos Estados Unidos, em um ano já bastante desafiador para as big techs.

Até 23 de janeiro de 2022, as empresas de tecnologia norte-americanas já haviam perdido, separadamente, boa parte de seu valor de mercado. A Netflix perdeu 33% de seu valor, a Amazon 16%, a Microsoft 12% e a Alphabet (controladora do Google) 10%.

Mas não há nada ruim que não pareça piorar. E, nesta semana, o mundo da tecnologia passou novamente por turbulências.

Confira abaixo uma seleção dos destaques positivos e negativos para a semana.

Tudum em perigo?

Stranger Things; Netflix
Coisas Estranhas aconteceram na Netflix nesta semana (Netflix/Reprodução)

Coisas estranhas aconteceram na Netflix (NFLX), para dizer o mínimo. Com um resultado abaixo do esperado, a gigante do streaming anunciou que perdeu 200 mil assinantes.

A empresa ainda registrou lucro por ação de US$ 3,53, maior que os US$ 2,89 esperados por analistas, de acordo com dados reunidos pela Refinitiv. A receita no primeiro trimestre chegou US$ 7,78 bilhões, abaixo dos US$ 7,93 bilhões projetados pelo mercado.

O mercado financeiro não conteve as emoções, e as ações da empresa chegaram ao seu nível mais baixo desde 2018. No dia 19 de abril, terça-feira, os papéis caíram vertiginosos 26%. Essa foi a primeira vez que a empresa passou por baixas tão fortes.

Na quarta-feira (20), a situação pareceu não melhorar, com os papéis fechando em queda de 35,1%, a US$ 226,19 por ação — o que, segundo a Variety, tornou a empresa a líder em quedas de um dia em termos percentuais.

Na sexta-feira (22), as ações caíram 1,24%, a US$ 215,52.

Após todo esse fuzuê, o streaming de elite ainda perdeu a participação de Bill Ackman, da Pershing Square, que decidiu vender todas as ações da companhia depois da baixa no número de assinantes.

A venda ocorreu apenas três meses depois que ele anunciou ter comprado 3,1 milhões de papéis da companhia de streaming e gerou prejuízo de mais de US$ 400 milhões, considerando as cotações do momento da compra e da quarta-feira (20).

Isso tudo fez com que a Netflix perdesse US$ 54,4 bilhões em valor de mercado em apenas um dia, o maior declínio na história, batendo o recorde dos US$ 49 bilhões perdidos depois da divulgação de assinantes do quarto trimestre de 2021. À época, a dona da série Stranger Things afirmou que veria uma “desaceleração em seus números nos próximos meses”.

A variação negativa da Netflix em um mês supera 42%, de acordo com o Investing.com.

Twitter e Musk: a novela sem fim

Elon Musk Twitter
Novela de Musk e Twitter parece longe do fim (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

Até o fim deste sábado (23), a situação do Twitter (TWTR) e de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, pode ter mudado drasticamente.

Isso porque, como tudo na vida excêntrica do bilionário, nada é certo.

Tudo começou em 4 de abril, quando Musk adquiriu 9,2% de ações do Twitter. A participação de Musk no aplicativo vale cerca de US$ 2,9 bilhões, levando em conta o fechamento da ação de US$ 39,31 na sexta-feira (1º).

Após notícias do homem mais rico do mundo ter adquirido ações da companhia, às 15h40 do horário de Brasília do dia 5, os papéis subiam 29,67%, a cerca de US$ 51. Um valor recorde. No dia, as ações fecharam em alta de 27,12%.

Pouco tempo depois, Musk fez uma oferta para comprar o Twitter, oferecendo US$ 54,20 por ação, após negar fazer parte do conselho administrativo da rede social. A oferta fez as ações da companhia dispararem desde aquela fatídica quinta-feira.

Na sexta-feira (22), as ações do Twitter terminaram negociadas a US$ 48,93, em alta de 3,95%.

Em um mês, segundo dados do Investing.com, as ações passaram por uma valorização de mais de 30%.

A volta dos que não foram

Snapchat
Snapchat representa a volta dos que não foram em tecnologia (Imagem: Shutterstock/Sergei Elagin)

O Snapchat (SNAP) parece estar pronto para se tornar uma pedra no sapato de outras empresas de tecnologia, como o Facebook (FB) e o Twitter (TWTR).

Na última quinta-feira (21), a empresa divulgou seus resultados, e, apesar de um prejuízo de US$ 360 milhões, houve um aumento de 18% no número de usuários ativos diariamente na rede social. O crescimento superou concorrentes como o Meta (FB;FBOK34) e o Twitter (TWTRTWTR34).

Segundo o relatório divulgado no site da companhia, o aumento em seu número de vendas foi de 38%, alcançando a marca de US$ 1,06 bilhão. Os números ficaram acima do esperado pela própria empresa, porém, o valor do prejuízo também superou as expectativas.

As ações da companhia fecharam sexta em alta de 1,22%, a US$ 29,76.

Em um mês, a variação acumulada negativa supera 18%, segundo o Investing.com.

Próxima semana movimentada

Amazon
Amazon divulga resultados na próxima semana (Imagem: Marques Thomas/Unsplash)

A última semana de abril deve ser bastante movimentada para o setor, com a divulgação de balanços da 3M (MMM), Alphabet (GOOGL), Amazon.com (AMZN), Apple (AAPL), Boeing (BA), Caterpillar (CAT), Chevron (CVX), Chipotle Mexican Grill (CMG), Coca-Cola (KO), Comcast (CMCSA), Eli Lilly (LLY), Enphase Energy (ENPH), Intel (INTC), Microsoft (MSFT), Nio (NIO), Paypal (PYPL), PepsiCo (PEP), Pinterest (PINS), Roku (ROKU), Spotify (SPOT), Teladoc (TDOC), Twitter (TWTR), Qualcomm (QCOM), and Visa (V), entre outros.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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