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NFTs, teses e criptomoedas para 2023; analistas e personalidades fazem seus desejos ao “Crypto Noel”

24 dez 2022, 12:00 - atualizado em 21 dez 2022, 18:37
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Entre Bored Apes, CloneX e “flipperings” os resultados foram bastante interessantes. Confira a listinha de natal de especialistas do mercado cripto (Imagem: gerada pelo DALL-E/Reprodução)

O Natal está chegando, e com ele uma longa lista de desejos e presentes que serão pedidos ao bom velhinho. Com os investidores de criptoativos e criptomoedas não poderia ser diferente. O Crypto Times, “em parceria com o Crypto Noel”, ouviu diversas personalidades e analistas deste mercado e juntou a “listinha de natal” para que possam ser atendidas em 2023.

Já que a lista é grande, e nem todos elfos do mundo poderiam atender aos que estão tendo perdas nesse mercado. A redação tratou de focar em três pedidos: Um NFT, uma criptomoeda e uma tese se concretizando para 2023.

Entre Bored Apes, CloneX e “flipperings” os resultados foram bastante interessantes. Confira a listinha de natal de especialistas do mercado cripto:

Querido Satoshi Nakamoto, eu fui um bom hodler este ano

Thiago Morelli, fundador da EnablersDAO, diz querer um Bored Ape mas por um motivo específico: “liquidar e comprar BTC”. A criptomoeda escolhida por ele também é o Bitcoin.

“É a única que representa a esperança de uma sociedade mais livre e menos refém das entidades centralizadoras que representam o ‘establishment’”, diz.

Sua tese pedida é de transformar o Estado em uma DAO e tokenizar os ativos e as pessoas, “para que o indivíduo tenha poder real e direto na democracia, seja dono de fato de seus ativos”.

“Assim podemos investir em pessoas, e empresas, que nós enxergamos um potencial de maneira descentralizada, por elas passarem a serem “pools” ou mesmo tokens”, explica.

Rony Szuster, analista de pesquisas do Mercado Bitcoin, pediu ao “Crypto Noel” um Bored Ape da coleção da Yuga Labs. “A coleção mais badalada e eu gosto muito do jeito que a Yuga Labs toca o produto”, comenta.

O analista ainda dá uma segunda opção ao bom velhinho e diz que aceitaria um CloneX: “É uma coleção que eu gosto bastante, e acredito que vai crescer muito nos próximos anos”, diz.

A criptomoeda pedida foi o Ether (ETH) já que, segundo ele, é a que mais o anima em relação a atualizações no ano que vem. “Principalmente o Shangai Fork e o Cancun Fork que é o que pode implementar a questão da escalabilidade”, diz.

Para ele, a escalabilidade é um ponto sensível na rede faz anos, e devido as novidades, 2023 será um excelente ano para o blockchain.

A tese que Szuster incluiu na listinha também tem relação com a Rede. O analista pede para que 2023 seja o ano do “flippering”, que trata-se do momento idealizado por muitos investidores onde o Ethereum ultrapassa o Bitcoin em valor de mercado.

A tese pedida por Vinicius Bazan, analista chefe de criptoativos da Empiricus, pode ser um empecilho para Szuster. Bazan escolheria a “tão sonhada” tese do Bitcoin a US$ 100 mil. “[A tese sendo cumprida] todo resto se resolve, posso até comprar a NFT do Trump”, brinca.

Caio Barbosa, CEO da Lumx Studios, pede ao “cryptovelhinho” um NFT da coleção da Azuki por acreditar que o projeto muito avançado. “Sou apaixonado pela arte dos caras. Gosto muito de anime então a arte sempre me chamou atenção. Fora a qualidade das entregas deles”, diz.

Barbosa explica que a equipe lançou um chip NFC e seus padrões de contratos elevam muito o padrão do produto da coleção de NFT.

“Criptomoeda seria Ether, sou muito fã da Ethereum. Do meu ponto de vista, eles serão um dos maiores responsáveis pelo ‘metadoption’ [adoção do metaverso]. A Polygon na realidade seria o maior responsável, pelo fator de escalabilidade e custos”, comenta.

A tese do CEO é a identificação institucional através de NFTs. Nas palavras dele, “NFTs como nova forma e fazer RH”. A ideia é delimitar experiências e distribuir recompensas para os funcionários baseados em seus “crachás de identificação” e usar eles até para distribuição de metas.

“Por exemplo, uma Reserva, obviamente o público deles é meio ‘faria limer'”, acrescenta.  Vale ressaltar que a Lumx Studios foi a startup responsável pela entrada da marca Reserva no mercado de NFTs.

HO HO HOOLD! Neste Crypto Natal eu quero para 2023

Luiz Octávio Gonçalves Neto, Fundador e CEO da Dux, pede ao “Crypto Noel” um “cryptopunk”, um do “beeple” ou um “autoglyph”. Entre as criptomoedas que pediria para ter em 2023, estariam bitcoin, ether, polygon ou chainlink.

“Meu sonho de tese é que a gente aplique blockchain como infraestrutura para gerar melhoria em escala de serviços e produtos pro mercado. Ao invés de ficar batendo em bobeira complexa de degenerado”, crava.

A equipe por trás da plataforma educacional em conteúdo cripto “Crypto357” – Bruno Cohem, Veridiana Moreira e Tuanny Blumer -, explica para o Crypto Noel que neste Natal quer mais que valor, quer fundamentos.

O NFT escolhido pela equipe é brasileiro e pertence à equipe da EVE, a maior DAO de mulheres da América Latina.

“Quando escolho uma NFT não é pensando no Hype ou na valorização, mas sim, entendendo que o real propósito de uma NFT é gestão de comunidade e execução de projeto, ou seja, qual a sua utilidade”.

No que tange à criptoativos, a equipe da 357 escolhe o Ether, e volta a justificar sobre os fundamentos: “Por entender que é um projeto que se comunica com o mercado financeiro tradicional e, por isso, vai ajudar a acelerar o processo de adoção em massa do mundo cripto”, dizem.

A tese da equipe é quase que um carvão na meia dos que se comportaram mal neste ano. A equipe pede para que 2022 tenha servido de lição e o investidor passe a buscar fundamentos ao invés de “meme coins”.

“Se o Crypto Noel me entregar isso ano que vem, já fico feliz, pois será um passo importante para recuperarmos a confiança do mercado”, finalizam.

Por falar em EVE, uma das fundadoras a DAO também fez sua listinha de Natal. Cíntia Ferreira comenta que “em geral pediria para o Bull Market voltar com tudo em 2023″. “Esse é o grande sonho da Web3”. 

Para seu NFT, a empreendedora pediu sua favorita a Super Rara da WoW – World of Women. “Um dos projetos mais incríveis que eu acompanho, tem propósito”, comenta.

Ferreira também pediu um Ether, e justificou que trata-se da que mais confia no momento. “Que volte a bater US$ 4.000”, brinca. 

A tese escolhida é de que os projetos de NFTs se solidifiquem cada vez mais, e que o mercado financeiro tradicional olhe mais para a Web3 e ativos digitais.

Nesta linha, Orlando Telles, sócio-fundador da Mecurius Crypto, diz que escolheria a tese da digitalização de ativos do mundo real. “Eu acredito que isso seria o que capturaria mais benefício para o mercado de cripto”, diz.

A tese que Telles mais enxerga valor é a utilização de cripto em ativos do mundo real. ‘Dessa forma ele deixaria de ser um mercado de inovação e se tornaria um mercado ‘mainstream’. Para mim esse seria o grande ponto de virada para o mercado cripto”, finaliza.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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