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Nike firma parceria com Plutus, startup de cadeia de suprimentos em blockchain

03 jun 2020, 12:04 - atualizado em 25 out 2020, 0:38
Plutus ajudará a Nike a fornecer cashbacks para clientes que adquirirem seus tênis(Imagem: Plutus)

Em um esforço contínuo de desenvolver soluções baseadas em blockchain, uma das maiores marcas de vestuário esportivo do mundo agora integrou uma ferramenta de “cash back” (recompensas de reembolso) de criptoativos para aquisições de tênis para clientes americanos e ingleses.

Considerando as avaliações recentes realizadas em 2020, a marca Nike é avaliada em quase US$ 34,8 bilhões, um crescimento de mais de US$ 2 bilhões desde 2019.

Recentemente, a grande empresa americana firmou parceria com a startup londrina de ativos criptográficos PlutusA empresa cripto firmou acordos parecidos com AirBNB e Skyscanner.

Sobre as novas parcerias, Danial Daychopan, CEO e fundador da Plutus, disse:

Plutus foi aprovada como uma parceira afiliada tanto da AirBNB quando da Skyscanner no início deste ano.

Porém, todos os programas da categoria e viagens foram temporariamente interrompidos pela empresa por conta das restrições de viagem causadas pela COVID-19. Ambas as parcerias foram incluídas para fornecer cashbacks a membros qualificados.

Usando o aplicativo nativo da startup, clientes europeus da Nike podem ganhar 3% em cripto e 9% em cashbacks por suas aquisições. Além disso, donos de tênis Nike poderão ganhar mais recompensas ao interagirem com o aplicativo Plutus.

Visão geral do Plutus App (Imagem: Medium/Plutus)

Essa não é a primeira aventura da Nike com soluções de cadeia de suprimento baseada em blockchain. No início desde ano, a organização firmou uma parceria com RFID Labs da Universidade de Auburn.

RFID, ou identificação por radiofrequência, é uma tecnologia que usa campos eletromagnéticos para automaticamente identificar e rastrear etiquetas de objetos.

RFID Labs criou um programa-piloto para testar novas versões de tecnologia blockchain que possam agir como ferramentas para a troca de informações entre fornecedores, vendedores e outros acionistas de cadeias de suprimento.

O projeto se chama Chain Integration Project (CHIP), ou “projeto de integração de cadeias”.

CHIP usa um processo automático de alavancagem de dados serializados entre parceiros comerciais usando a metodologia automatizada de coleta de dados, eliminando a necessidade de auditoria e contagem realizadas por pessoas.

O mecanismo proof-of-concept (PoC) do CHIP foi testado com sucesso e provou que fornecedores e vendedores podem trocar dados serializados usando um blockchain para aumentar a visibilidade dos fluxos de produto.

Os resultados das soluções RFID baseadas em blockchain, testadas pela Nike e diversas grandes empresas internacionais, incluindo Macy’s e IBM, foram disponibilizados como parte de um whitepaper sobre proof-of-concept publicado em março deste ano.

O whitepaper CHIP descreve inúmeros casos de teste, incluindo alguns realizados pela Nike e um realizado pela loja de departamento Macy’s.

Varejistas integrados ao CHIP foram executados com nós da Hyperledger Fabric baseados em blockchain com uma pequena parte de suas enormes cadeias globais de suprimentos.

Hyperledger Fabric é uma estrutura de arquitetura blockchain intercambiável que atua como um alicerce para o desenvolvimento de produtos, soluções e aplicações baseadas em blockchain.

Usa componentes de plug-and-play criados para empresas privadas. A estrutura de registro distribuído foi lançada pela Linux Foundation em dezembro de 2015.

Hyperledger usa um mecanismo de “consensus-as-a-service”, uma alternativa ao proof-of-work (PoW) ou proof-of-stake (PoS), em que a maioria dos participantes da rede precisa concordar sobre o estado de um registro com base em um conjunto pré-definido de fatores, regras e critérios imutáveis.

Transações Na Hyperledger Fabric só são realizadas quando o processo de validação for bem-sucedido e confirmado por assinaturas de pessoas autorizadas (Imagem: Hyperledger)

Transações realizadas na Hyperledger Fabric devem ser apoiadas por participantes da rede. Devem confirmar que a proposta é adequada, que já não foi utilizada e que a assinatura e quem realizou o pedido tenha autorização para assinar e enviar o pedido.

Transações só são realizadas quando esse processo de validação for bem-sucedido e confirmado por assinaturas de pessoas autorizadas.

Alan Gulley, pesquisador de blockchain do RFID Labs, descreveu a solução-piloto de cadeia de suprimento em blockchain criada por sua equipe para a Nike.

ada caixa de tênis Nike vem com uma etiqueta RFID que ajuda a grande empresa a rastrear seu extenso inventário. Porém, diferentes etiquetas de varejo armazenam dados de forma diferente e quase não há interoperabilidade (comunicação) de dados.

Isso deu duas oportunidades do RFID Labs ajudar a Nike. Primeiro, dar a vendedores internacionais da Nike uma linguagem comum. Segundo, criar uma plataforma para que se comuniquem mais facilmente.

Gulley afirma que o aspecto de linguagem do projeto tomou cerca de 70% do tempo dos pesquisadores. Sua equipe criou uma “ferramenta de tradução” que reformulou diferentes fluxos de dados ao padrão EPCIS desenvolvido pela empresa bélgica sem fins lucrativos GS1.

O padrão EPCIS permite que parceiros comerciais compartilhem informações sobre o deslocamento e status do produto conforme ‘caminha’ pela cadeia de suprimento, de empresa para empresa e até chegar ao usuário final.

É usada para ajudar acionistas de cadeias de fornecimento a responderem perguntas como “quando, onde, quando e por quê” e demandas regulatórias para informações precisas e detalhadas sobre produtos.

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