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No frigir dos ovos dessa guerra, as usinas ganharão dos dois lados do mix

11 mar 2022, 18:41 - atualizado em 11 mar 2022, 18:45
Usinas Indústria Etanol Bicombustível
Indústrias vão ganhar com etanol e açúcar na esteira da crise na Europa (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Dificilmente se verá o petróleo a níveis pré-guerra na Ucrânia, que já beirava os US$ 100 o barril, mesmo num estágio qualquer de acomodamento da crise geopolítica, que nunca se descarta. Os US$ 110 pode ser a marca em torno do qual o óleo vai balançar, nos próximos tempos, e chacoalhar o mix da cana-de-açúcar.

E a Petrobras (PETR4), com seu aumento de quase 19% nesta sexta (11) na gasolina posta na refinaria, deverá seguir estendendo altas, uma vez que a defasagem pode acabar aumentando.

A oferta de etanol deverá ser maior agora, na safra 22/23, tamanha a vantagem que o biocombustível passa a ter contra seu concorrente, como lembrou, em artigo a Money Times, o analista da Safras & Mercado, Maurício Muruci.

Mas, a oferta menor de açúcar do Brasil, com mais cana sendo desviada para o outro lado do mix, vai propiciar bons preços ao açúcar no mercado internacional.

No frigir dos ovos do mercado, ganharão as usinas com etanol e com açúcar, especialmente aquelas com flexibilidade de produção para ir mudando a chave do mix ao longo da safra.

Nas cotações de hoje, até que a commodity não disparou tanto, elegendo uma alta de 0,68%, para 19,23 centavos de dólar por libra-peso, no contrato maio, em Nova York.

Os 20 c/lp estão ficando mais próximos e podem subir mais mesmo com a oferta da safra do Centro-Sul chegando, a partir desde meio de março a possibilidade de se manter o viés de força do açúcar é persistente.

O Centro-Sul projetava, até aqui, uma safra de 560 milhões de toneladas de cana (mais 8%), com pouco mais de açúcar e etanol que na safra passada – respectivamente, cerca de 32 milhões/t e 26,5 bilhões de litros, segundo a Unica.

E talvez nem seja mais o caso de a definição ficar atrelada à manutenção daquela quantidade de cana que se espera, em novo ciclo de recuperação parcial.

 

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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