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Notícias de acordo do JBS com dois confinamentos deixam intensivistas agressivos nas compras

09 mar 2021, 15:32 - atualizado em 09 mar 2021, 15:37
boi
Crescimento do volume dos confinamentos impulsiona preço do boi (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O produtor barretense Juca Alves tem sentido muita agressividade dos confinadores na compra de boi para engordar. Ele atribui ao aumento da concorrência no Norte de São Paulo e Triângulo Mineiro depois que começaram a circular informações de que o JBS (JBSS3) fez acordos de exclusividade com dois confinamentos grandes, um na região de Barretos e outro em Frutal (MG).

Como a escassez de animal é pesada, mais ainda em bois de reposição, Alves sentiu diretamente isso na segunda (9).

Um intensivista ofereceu a ele R$ 320 a @ para um lote de 120 animais, depois de pagar R$ 310 à vista em 60 cabeças. Ele resolveu esperar mais.

Boiadas despadronizadas, nelores e cruzados, “mas boas, de 15 @ em média e que vão alcançar as 22 @ na engorda tranquilamente”, diz o produtor.

Mas se fosse só nelore, ou boi China, teria conseguido mais, acredita.

O movimento está ligado também às tendências que o maior grupo de carne bovina mundial traduz do mercado, sobre os ganhos mais acentuados com exportações.

Mesmo porque, segundo pensa Juca Alves, há notícias também circulando da “boca dos frigoríficos”, que a China está aceitando boi um pouco mais velho. Até agora se sabia que os chineses exigiam no máximo até quatro dentes.

“Falta boi e os preços estão ficando altos para os chineses”, explica o produtor.

Na primeira semana de março os importadores do país asiático mostraram que estão voltando às compras com mais apetite, o que se notou também no final de fevereiro, depois de 1,5 mês de acomodamento.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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