Economia

Nova alta da Selic: Veja as oportunidades na renda fixa para o pós-Copom, segundo a XP

03 maio 2022, 12:21 - atualizado em 03 maio 2022, 12:21
Banco Central, juros, selic, copom
Os economistas da XP enxergam cenário base de aumento de 1 p.p. na Selic (Imagem: Banco Central/Antônio Cruz)

A XP divulgou suas principais expectativas sobre o que aguardar para a renda fixa após a reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorrerá entre esta terça-feira (3) e amanhã (4).

Os economistas da XP enxergam cenário base de aumento de 1 p.p. na taxa básica de juros do país, o que elevaria a Selic a 12,75%.

Segundo a instituição, a análise de dados desde a última reunião do órgão monetário não aponta alívio para a dinâmica de preços, com a inflação em altos níveis e piora de projeções no ambiente global.

“Nossas simulações replicando o modelo do Copom sugerem alta da projeção do IPCA para 2022 de 7,1% para 7,8%, e estabilidade em 3,4% para 2023 em relação à reunião de março”, afirmou, em nota.

A XP também explicitou a possibilidade de um novo ajuste no futuro próximo.

“Como o cenário de inflação continua pressionado e incerto, entendemos que o Copom optará por deixar a porta aberta para um possível reajuste adicional em junho”, disse.

Para saber o que esperar da renda fixa, a XP traça dois principais cenários sobre o que pode acontecer com a reunião.

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Cenário base: +1,0 p.p. com comunicado aberto

O cenário mais provável, segundo a XP, é o de que o a forte inflação fará com que o Banco Central promova ajuste de 1 p.p. nesta reunião e, em seguida, deixará a porta aberta para outro ajuste em julho.

Assim, com o mercado precificando um ajuste entre os 0,5 p.p. e 1 p.p. na próxima reunião, taxas curtas de juros deverão se elevar em cerca de 0,2 p.p.

Nesta situação, títulos prefixados e indexados ao IPCA de prazos mais curto apresentariam desvalorização, criando oportunidades para investidores que buscam esses indexadores e prazos para a composição de sua carteira.

A valorização de títulos de vencimentos longos, principalmente prefixados e IPCA+, traria a possibilidade de ganhos de capital para aqueles investidores que já os detivessem.

Cenário 2: +1,0 p.p. com sinalização de final de ciclo

É também possível que o Banco Central, após o ajuste de 1 p.p., anuncie o fim de um ciclo de altas na Selic.

Este cenário, inclusive, é mais alinhado a indicações que já foram dadas pelo próprio presidente do órgão recentemente, mas não é o cenário base da XP, uma vez que a instituição vê piora em condições globais e pressões inflacionárias que devem influenciar na decisão.

Neste caso, haveria a potencial inclinação da curva de juros, com taxas de curto prazo diminuindo cerca de 0,4 p.p. para se adequarem à indicação de manutenção de juros da próxima reunião.

Em ambos os cenários, ativos pós-fixados se mantém como os mais conservadores e ganhariam vantagem com uma eventual alta da Selic.

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Estagiária
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.
laura.intrieri@moneytimes.com.br
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.