Novela Ambipar (AMBP3), Sabesp (SBSP3) e outras duas ações são destaques do Money Picks; é hora de comprar ou vender?
A derrocada da Ambipar (AMBP3) foi um dos temas que dominou as atenções do mercado nos últimos dias, com queda de mais de 90% das ações da companhia somente em outubro.
A empresa foi um dos destaques do Money Picks desta segunda-feira (13), apresentado pela repórter Juliana Caveiro. O programa traz atualizações nas recomendações por parte dos analistas ao longo da semana.
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A crise da Ambipar começou com a renúncia do CFO João Arruda. Pouco depois, uma liminar judicial de 30 dias suspendeu execuções de dívidas das subsidiárias, reforçando a percepção de fragilidade.
O BTG Pactual alertou para risco de default técnico, disputas com credores e falhas de governança. Já o Itaú BBA e outras casas colocaram o papel “em revisão”, após relatórios sucessivos de alerta. Em poucas semanas, a Ambipar passou de exemplo ESG a caso clássico de crise de confiança corporativa.
O programa também destacou a compra bilionária da Sabesp (SBSP3), decorrente da crise da Ambipar. A empresa de saneamento de São Paulo anunciou a aquisição da maior parte das ações da EMAE, companhia que controla reservatórios e hidrelétricas estratégicas em São Paulo, por mais de R$ 1 bilhão.
A Sabesp afirmou que a operação é estratégica, voltada a melhorar a segurança hídrica e otimizar o uso dos recursos hídricos do estado. O negócio, no entanto, foi contestado pelo empresário Nelson Tanure, ex-controlador da EMAE, que entrou na Justiça contra a transação.
Entre os bancos, Itaú BBA e Citi avaliaram a aquisição como positiva, reforçando a estratégia de longo prazo. Já JP Morgan e UBS BB consideraram o impacto neutro, argumentando que o negócio não é essencial para as operações da estatal.
Outra ação comentada no programa foi o Magazine Luiza (MGLU3). O BB Investimentos elevou o preço-alvo para os papéis da empresa de R$ 9 para R$ 9,80, o que representa um potencial de valorização de 9,4%. No entanto, a recomendação permanece neutra.
Segundo o banco, o varejo mostrou resiliência no primeiro semestre, sustentado por emprego firme e pela massa salarial em alta, enquanto a queda na curva de juros em setembro trouxe algum alívio.
Apesar disso, o cenário ainda é desafiador. Os juros elevados e o crédito restrito continuam limitando o consumo, e uma recuperação mais consistente deve ocorrer apenas a partir de 2026, com a esperada flexibilização monetária.
Por fim, a Rede D’ Or (RDOR3) foi a “recomendação bônus” da semana — apontada pelo BTG Pactual como uma das apostas mais promissoras do momento.
Mesmo após alta de 65% em 2025, o banco acredita que as ações ainda têm espaço para subir. Os analistas mantiveram a empresa entre as suas principais recomendações no setor de saúde, com preço-alvo de R$ 48, o que representa potencial de valorização de 21%.
A tese é sustentada por melhora operacional, ambiente de juros mais baixos, expansão no segmento de seguros, retomada de fusões e aquisições e avanço na oncologia. Além disso, eles destacam também a joint venture com o Bradesco (BBDC4).
Para conferir todos os detalhes sobre essas análises e decidir se vale ou não colocar essas ações na sua carteira, acompanhe o Money Picks no canal do Money Times no YouTube.
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