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Nubank (NUBR33): CEO não consegue gastar todo o dinheiro e doará metade de sua fortuna

30 mar 2022, 19:39 - atualizado em 30 mar 2022, 19:39
Nubank
Vélez, bilionário aos 40, relatou sentir certo desconforto ao entrar no topo da pirâmide de riqueza na nova economia (Imagem: Shutterstock/Wirestock Creators)

O sócio-fundador e CEO do Nubank (NUBR33), David Vélez, disse, em relato recente, que não sabe o que fazer com todo o dinheiro ganho com seu empreendimento.

Vélez, bilionário aos 40, relatou sentir até certo desconforto ao entrar no topo da pirâmide de riqueza na nova economia.

“No ano passado, o valor da empresa ficou enorme. Um dia, você acorda e pensa: Nossa, o que a gente faz com essas ações? É muito dinheiro. Não precisamos, não temos uma vida de luxos”, relatou.

Em dezembro de 2021, a fintech estreou na Bolsa de Nova York valendo R$ 41,5 bilhões, apenas nove anos após sua fundação.

O IPO fez com que o Nubank superasse em valor de mercado gigantes como Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4), tornando-se a instituição financeira mais valiosa da América Latina.

De acordo com o fundador, criar o Nubank partindo do zero parecia um sonho impossível. A ideia veio após Velez sair de um banco tradicional e abandonar a carreira de executivo para empreender.

“Estamos no oitavo para o nono ano da história do Nubank. O crescimento foi muito mais rápido do que imaginamos. Ninguém esperava chegar a quase 50 milhões de clientes”, diz.

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Doação de metade da fortuna

Cinco meses antes do IPO da empresa, em agosto de 2021, Vélez entrou junto com sua esposa, Mariel Reyes, economista, no The Giving People, iniciativa filantrópica de Bill Gates e Warren Buffet.

O casal assinou um compromisso de doar ao menos metade de suas fortunas para projetos sociais continuamente.

Para tornar o acordo possível, Vélez e Reyes estão desenvolvendo uma plataforma com o objetivo de criar oportunidades para crianças e jovens latino-americanos desfavorecidos.

“Por mais dinheiro que se tenha, ninguém ainda achou a cura da morte. Todos temos um final e não se leva nada. Não vou conseguir gastar todo esse dinheiro, por mais criativo que seja, e bilionários são criativos”, justifica o bilionário.

O CEO também compartilhou sonhos para o futuro.

“Antes talvez a definição de sucesso fosse estar na lista da Forbes. A ideia era ser o mais rico possível. Agora isso começa a mudar. Sucesso vai ser gerar muito valor para si mesmo e para a sociedade. Sou otimista”, completou.

Estagiária
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.
laura.intrieri@moneytimes.com.br
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.