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Nubank (NUBR33) deve ter prejuízo de US$ 32,5 milhões no 2T22 e tem urgência para obter lucro

20 jul 2022, 17:44 - atualizado em 20 jul 2022, 17:44
Nubank
Nubank tem urgência para obter lucro, diz BTG (Imagem: Shutterstock/Wirestock Creators)

O Nubank (NUBR33) está agilizando sua eficiência, pois tem urgência para obter lucro, afirmam Eduardo Rosman e equipe do BTG Pactual. Os analistas esperam que o banco reporte um prejuízo líquido de US$ 32,5 milhões no segundo trimestre de 2022.

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Segundo o BTG, o banco deve ver o crescimento de sua linha de crédito desacelerar — principalmente na carteira de crédito pessoal, onde vem aumentando as taxas e ajustando os limites — entre abril e junho deste ano, devido à deterioração do ambiente macro.

Já no segmento de cartões de crédito, os analistas acreditam que a expansão da carteira deve continuar forte, impulsionada pelas novas funcionalidades de pagamento e pela subsidiária mexicana da companhia.

“Os anúncios recentes do Nubank o colocam a um passo mais perto de reduzir seus custos de financiamento. Ainda assim, devido à piora do cenário nos segmentos arriscados que o banco está mais exposto, ainda vemos assimetria negativa no estoque e esperamos que o preço permaneça volátil, e potencialmente pressionado pelo resto deste ano”, avaliam os analistas.

Apesar de gostar do case de Nubank, o BTG mantém uma recomendação “neutra” para os papéis do banco.

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O Nubank divulga seu balanço referente ao segundo trimestre do ano no dia 15 de agosto.

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O que esperar do Nubank no 2T22?

Na análise do BTG, as provisões e o cenário de juros mais altos continuam a colocar pressão sobre a margem bruta do Nubank no segundo trimestre de 2022.

Os analistas estimam uma margem bruta em torno de 31% — frente a 33% no primeiro trimestre deste ano — e uma perda líquida de US$ 32,5 milhões — ante US$ 45,1 milhões no trimestre anterior.

Além disso, Rosman e equipe esperam que o banco observe uma leve desaceleração na captação de clientes entre abril e junho. No entanto, as novas expansões — especialmente no México, onde os cartões de crédito trazem mais receitas de juros do que no Brasil — devem ganhar participação nas adições líquidas.

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Na mesma linha, os novos produtos de financiamento ao consumidor de cartão de crédito no Brasil têm
ganhando força e devem aumentar a participação de ativos que rendem mais juros.

Os analistas também preveem que o Nubank continue ganhando espaço no mercado de crédito ao consumidor. Entretanto, dizem, o crescimento deve ser mais “cauteloso e vigilante”, principalmente na carteira de empréstimos pessoais, diante da deterioração do ciclo de crédito.

No segundo trimestre, o BTG espera uma originação de crédito semelhante aos níveis do último trimestre, em termos absolutos.

Quanto ao índice de inadimplência, os analistas afirmam que a normalização deve gerar deterioração mais forte no longo prazo. Porém, eles observam melhor desempenho nos índices de curto prazo — de 15 a 90 dias —, impulsionados pela menor sazonalidade no segundo trimestre.

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“A perspectiva do longo prazo permanece a mesma, mas a administração entende que o cenário geral se deteriorou. O banco está agilizando a eficiência, cortando custos e ajustando taxas, o que mostra a urgência para obter lucro”, afirmam Rosman e analistas.

Por fim, o BTG afirma que o custo do financiamento do banco deve começar a se beneficiar das mudanças recentes nas regras de remuneração dos depósitos, que combinadas com mais produtos de investimento no aplicativo, poderia reduzir os custos de captação, principalmente a partir de 2023.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.