BusinessTimes

Nubank (NUBR33) diz que novas regras do BC trarão exigência de capital menor do que o previsto

14 mar 2022, 18:56 - atualizado em 14 mar 2022, 18:56
Nubank
o Nubank afirmou que, ao final da implementação das novas normas em janeiro de 2025, terá uma exigência de capital para todo o conglomerado entre 10% a 15% maior que o nível previsto na consulta pública do BC (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

O Nubank (NUBR33) afirmou nesta segunda-feira que as novas regras do Banco Central para fintechs anunciadas na semana passada farão o banco digital ter uma exigência adicional de capital em 2023 e 2024 menor do que expectativa original.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Essa alteração não tem um impacto significativo no nosso modelo de negócios ou em nossa capacidade de crescimento”, afirmou o Nubank em comunicado.

Mas o banco afirmou que, ao final da implementação das novas normas em janeiro de 2025, terá uma exigência de capital para todo o conglomerado entre 10% a 15% maior que o nível previsto na consulta pública do BC, com aumento nas exigências para o negócio de cartões de crédito, mas ficando praticamente inalteradas para os demais segmentos.

Para a entidade, a regulação, que de 2023 a 2025 exigirá das chamadas instituições de pagamentos crescente alocação de capital para fazer frente a maiores riscos operacionais, “diverge da proposta original do Banco Central, que havia desenhado uma regulação específica, proporcional e adequada para o mercado brasileiro, e incluía bancos pequenos e médios”.

Já a empresa de meios de pagamentos StoneCo considerou as medidas como positivas, por entender que reconhecem “que atividades de conta de pagamento e adquirência não oferecem riscos sistêmicos e devem ser reguladas de forma diferente das demais atividades financeiras”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na outra ponta, a Febraban, representante de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander Brasil (SANB11), Caixa Econômica e Banco do Brasil (BBAS3), considerou as novas regras como “bem-vindas” e “necessárias”, alegando que reduzem o “potencial de assimetrias regulatórias”.

A decisão do BC mostra um ajuste na postura do regulador, que na última década tem adotado várias medidas para incentivar a competição no setor e induzir a queda das tarifas e dos juros num setor bancário brasileiro altamente concentrado.

Diante da combinação de inovações regulatórias, incluindo menores exigências regulatórias, além de novas tecnologias, como a computação de nuvem, o país viveu uma profusão de novos prestadores de serviços financeiros, liderados pelo Nubank, hoje com cerca de 40 milhões de clientes.

Diante da rápida multiplicação das plataformas e da entrada delas em segmentos crescentes da indústria bancária, movimento catalisado com o isolamento social adotado na pandemia, os grandes bancos ampliaram fortemente a pressão sobre o BC.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O argumento das grandes instituições era de que estavam competindo em condições desiguais, dado que bancos digitais e fintechs tinham regras muito mais frouxas.

Como a Reuters revelou em dezembro, o BC planejava divulgar as novas regras, frutos da consulta pública 78, no final do ano passado, mas preferiu refinar a atualização do aparato regulatório, receando que ela comprometesse ganhos obtidos em termos de aumento da concorrência.

Para o vice-presidente da Moody’s Lucas Viegas, as medidas são positivas para o sistema financeiro como um todo, porém tornarão mais caras as operações de instituições como Nubank, Stone e PagSeguro, “encarecendo o custo de crédito para seus clientes”.

Já para a Fitch, a regulação reduzirá o risco sistêmico e, embora também tenha observado que ela elevará o custo de capital dos bancos digitais, não deve incorrer em insuficiência de capital regulatório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O anúncio é um duplo revés para as fintechs, uma vez que a rápida elevação do juro básico no país esfriou expectativas de entrada mais vigorosa delas no crédito, dado que seu custo de captação de recursos é maior. Com isso, ações de Nubank, Inter e PagSeguro, entre as listadas, caíram forte nos últimos meses.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar