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Nubank (NUBR33): O ‘molho secreto’ que pode fazer a ação disparar 50%, segundo o Goldman Sachs

23 maio 2023, 17:46 - atualizado em 23 maio 2023, 17:47
Nubank Goldman Sachs
Goldman Sachs mantém recomendação de compra do Nubank (Imagem: Rafael Borges/ Money Times)

O Nubank (NU;NUBR33) sai mais forte do que entrou na temporada de balanços do primeiro trimestre, disseram analistas. Depois de o Itaú BBA elevar a recomendação do papel para compra, o Goldman Sachs também apontou o bom momento da empresa.

Em relatório, o banco de investimentos disse manter a recomendação de compra para a ação, listada na Bolsa de Nova York desde 2022. O Goldman Sachs espera uma valorização de 50,6% do papel em 2023, à reboque de um aumento de 132% do lucro anual projetado.

Para os analistas do Goldman, o “molho secreto” do Nubank na temporada foi a forte alavancagem operacional. Isso significa que a empresa conseguiu fazer do aumento de receita um múltiplo ainda maior de lucro bruto.

Desta forma, segundo o banco, a empresa obteve sucesso em diluir os custos fixos de sua operação, que também se encontram mais disciplinados. 

“Os números do trimestre sublinham uma vantagem competitiva, que é servir uma extensa base de clientes com uma base de custos muito mais enxuta que seus concorrentes”, arremata.

O Goldman Sachs reiterou que a fintech negocia em múltiplos ainda interessantes, dada ainda a disponibilidade de capital acumulado que a empresa pode destravar. É possível, segundo o banco, que a empresa encontre a marca dourada do setor financeiro, que é de um ROE (retorno-sobre-investimento) de 30%.

Nubank no 1T23: os números que encantaram o mercado

Em tempos de fantasmas de liquidez entre bancos, Nubank prova ter capitalização forte. De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, o Nubank reforçou posição como um dos players mais capitalizados das Américas, com o Índice de Basiléia — medida que avalia a solidez financeira de um banco, calculando a relação entre o capital próprio do banco e seus ativos ponderados pelo risco —  no Brasil de 18,7%, bem acima do mínimo exigido de 10,5% – e, também, em US$ 2,4 bilhões em caixa.

No final do trimestre, a companhia tinha uma carteira de US$ 5,2 bilhões, enquanto os depósitos totais eram três vezes esse valor, em US$ 15,8 bilhões.

O roxinho continua imprimindo um ritmo de expansão acelerado da sua base de clientes nas principais geografias que atua. Ao todo, já são 80 milhões de usuários ativos em sua base, com esmagadora maioria de residentes do Brasil. Por aqui, cerca de 46% de toda a população adulta possui uma conta na fintech.

No trimestre, a fintech apresentou expansão de clientes no México e na Colômbia de, respectivamente, 52% e 200%, considerando os números do primeiro trimestre de 2022.

Já os rendimentos do Nubank obtidos por meio de produtos financeiros (renda fixa, mercado de ações) subiram 18% no primeiro trimestre do ano. Por trás do número, está a forte eficiência da plataforma operacional, que mantém um custo médio mensal de atendimento de US$ 0,8 por cliente ativo, avaliam analistas.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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