Nubank (ROXO34) lucra US$ 637 milhões no 2T25, alta de 42%; ação dispara

O Nubank (ROXO34) apurou lucro líquido de US$ 637 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra balanço divulgado nesta quinta-feira (14).
A cifra marca o maior resultado trimestral da história do Nu.
No retorno sobre o capital (ROE) o banco alcançou 28%, estável em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, o número está acima dos 22% do Itaú (ITUB4).
No after-market de Nova York, a ação, que fechou em queda de 2,9%, disparou 7%.
E o motivo para a disparada pode estar no bom comportamento dos calotes. Com forte exposição nas rendas mais baixas, o indicador é acompanhado com lupa por investidores.
O principal índice de qualidade de ativo do banco, a inadimplência (NPL na sigla em inglês) de 15 a 90
dias, declinou para 4,4% neste trimestre.
Trata-se de uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre.
Segundo o roxinho, o número superou a sazonalidade típica do segundo trimestre, que geralmente apresenta uma queda de 20 pbs.
Apesar disso, o número ficou em linha com as expectativas.
Por outro lado, a taxa de inadimplência acima de 90 dias atingiu 6,6%, alta de 0,1 ponto percentual no mesmo período.
O diretor financeiro Guilherme Lago disse à Reuters que o aumento do lucro foi impulsionado pela alavancagem operacional e pelo crescimento da receita, mas notou que as causas desse crescimento estão começando a mudar.
“Se nos últimos três a cinco anos grande parte do crescimento da receita veio de colocar mais clientes para dentro de casa, nos próximos três a cinco anos, no Brasil, grande parte do crescimento da receita virá de aumentar a profundidade do nosso relacionamento com esses clientes, ou seja, aumentar a receita média por cliente”, disse Lago.
A carteira de crédito expandida cresceu 8% em relação ao primeiro trimestre, para US$ 27,3 bilhões. Segundo a companhia, os empréstimos pessoais continuam ganhando espaço na carteira do banco, cuja maior parte é formada por cartão de crédito.
A empresa, que tem cerca de 123 milhões de clientes no Brasil, Colômbia e México, reportou receita líquida de US$ 3,7 bilhões entre abril e junho, aumento de 40%.