Números da Transmissão Paulista vêm fracos, mas comprovam resiliência do setor elétrico

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Os números da Transmissão Paulista (TRPL4) vieram pouco abaixo das expectativas dos analistas, mas não foram de todo mal.

A elétrica reportou queda de 73% no segundo trimestre, para R$ 248 milhões, bem abaixo do esperado pela XP, que previa uma cifra de R$ 641,8 milhões.

“A diferença com relação a nossa estimativa pode ser explicada por uma despesa financeira maior do que a esperada e uma equivalência patrimonial menor do que a esperada”, justifica.

Já o Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 641,8 milhões ficou em linha com as estimativas do Safra e com o consenso da Bloomberg de R$ 668 milhões.

A receita de R$ 248 milhões foi 10,5% abaixo das estimativas do banco e 55% abaixo do consenso.

“Vemos o resultado da Transmissão como ligeiramente negativo. No entanto, acreditamos que os resultados operacionais fortes reforçam a estabilidade e resiliência do segmento de transmissão de energia”, aponta a XP.

O Safra manteve a recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 24,71.

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“A empresa está desenvolvendo recentemente projetos de transmissão e achamos que os preços atuais descontam de forma justa os benefícios futuros do fluxo de caixa”, completa.

Investimentos

O diretor-presidente da companhia, Rui Chammas, afirmou que a Cteep bateu recorde de investimentos no semestre e o objetivo é seguir expandindo os aportes.

“Esperamos chegar a 500 milhões de reais todo ano até o final da década, essa é uma dimensão que segue crescendo”, disse ele.

“Os projetos greenfield, tem vários em andamento, e podemos buscar por que não novos projetos nos leilões… mas sempre buscando rentabilidade”, acrescentou.

No primeiro semestre de 2021, a empresa investiu 635 milhões de reais, um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Do total, 498 milhões de reais foram alocados em novos projetos (greenfield).

A previsão para investimento no ano é superior a 1 bilhão de reais, segundo a companhia.

Nos últimos seis anos, a empresa arrematou 14 lotes em leilões de transmissão realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e já energizou 4 desses projetos (Itapura Bauru, Itaquerê, Tibagi e Aguapeí).

Com Reuters