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Nvidia entra para clube dos ‘7 magníficos’; vale a pena comprar o BDR?

30 maio 2023, 17:46 - atualizado em 30 maio 2023, 17:50
Nvidia
A Nvidia chegou ao clube do US$ 1 trilhão nesta terça-feira (Imagem: Reuters/Mike Blake/File Photo)

Depois de ter reportado resultados corporativos e guidance “inesquecíveis” na semana passada, a Nvidia (NVDA;NVDC34) viu seu valor de mercado disparar. Com a alta do dia na Bolsa de Nova York, a empresa comandada por Jensen Huang resvalou na capitalização de US$ 1 trilhão. 

A fabricante de chips é, em disparada, a principal ganhadora do mercado americano em 2023, tendo já subido mais de 150%. Ligado ao sucesso do papel, está o reconhecimento de que a nova linha de produtos da Nvidia é a mais avançada no mercado para suportar os desenvolvimentos em Inteligência Artificial fomentados pelas Big Techs.

Essa simbiose já havia ficado clara quando se publicou que a OpenAI usou milhares de unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar o ChatGPT. A IA tutelada pela Microsoft chegou à marca de 100 milhões de usuários somente nos dois primeiros meses do ano.

Estando na “hora certa e no lugar certo” para aproveitar o florescimento da IA, a Nvidia aparece no retrovisor de Amazon (AMZN;AMZO34) Alphabet (GOGL;GOGL34), holding do Google.

Com a febre de IA turbinando o desempenho da Nasdaq no primeiro semestre do ano, sete ações de empresas de tecnologia acabaram ganhando um novo apelido: os 7 magníficos. A alcunha foi dada pelo estrategista Michael Hartnett, do Bank of America (BofA).

Trata-se de Apple (AAPL), Microsoft (MSFT), Amazon (AMZN), Meta (META), Tesla (TSLA),  Alphabet (GOOGLGOOG) e, por fim, Nvidia (NVDA).

Os 7 magníficos já ganharam US$ 3,35 trilhões em valor neste ano, enquanto as demais 93 ações do Nasdaq 100 (subíndice que representa as 100 empresas de tecnologia mais valiosas do Nasdaq) avançaram US$ 635 bilhões.

Nvidia está sendo negociada a ‘múltiplos homéricos’

Apesar dos desenvolvimentos promissores da Nvidia na área de IA, o rali esticado da ação nos últimos cinco meses trazem dúvidas se esta oportunidade já passou.

Para William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, o problema para a empresa daqui em diante é que ela foi “precificada à perfeição”. As ações são negociadas a múltiplos elevados de lucro e de vendas.

“Para justificar esse valuation, a empresa terá de entregar muito crescimento. Resultados quase perfeitos” e por muito tempo. Por essa razão, o estrategista acredita que investir no papel pode ser uma estratégia mais arriscada daqui em diante.

Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, compartilha da visão de Castro. ” Com um valor de mercado de US$ 900 milhões, estamos falando de múltiplos preço/lucro projetados de 56 vezes para 2024 e 38 vezes para 2025″, complementa.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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