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O alerta do BTG para shoppings que têm Americanas (AMER3) como inquilina

13 jan 2023, 15:15 - atualizado em 13 jan 2023, 15:15
Lojas Americanas tem grande presença em shoppings no Brasil e crise pode pegar em cheio receita dos empreendimentos (Imagem: Pixabay/StockSnap)

O rombo de R$ 20 bilhões detectado na Americanas (AMER3), as incertezas em relação ao futuro da empresa e também a capacidade de honrar dívidas geram um efeito cascata que chega também aos shoppings. Principalmente quando muitos têm a tradicional varejista como inquilina e loja referência dentro do espaço.

Os analistas do BTG Pactual, Bruno Tomazetto, Elvis Credendio e Gustavo Cambauva, destacam que os shoppings brasileiros têm apenas 1% da receita gerada pelos aluguéis da Lojas Americanas, apesar da varejista ser uma das maiores inquilinas desses empreendimentos.

O tamanho da Americanas em shoppings

Para os analistas, as tais “inconsistências” identificadas em seus balanços, significa que a situação financeira da companhia pode ser pior do que a declarada anteriormente. Boa parte das 1.800 lojas espalhadas pelo Brasil está em shoppings e 72% deles são listados na Bolsa brasileira.

“Todas as empresas listadas do setor estão expostas à Americanas e a empresa é uma importante loja âncora na maioria dos shoppings”, avaliam.

Tomazetto, Credendio e Cambauva comentam que a Aliansce Sonae (ALSO3) tem 41 lojas da Americanas em seus 52 shoppings, enquanto Iguatemi (IGTI11) tem nove lojas, entre 16 ativos, enquanto a Multiplan (MULT3) concentra lojas em 14 de seus 20 shoppings.

Por sua vez, cinco shoppings da SYN (SYNE3), de seis do portfólio, têm Americanas. Uma loja típica de shopping da Americanas tem área bruta locável (ABL) de 1.000 a 1.500 metros quadrados, calcula o BTG.

E as ações?

Sobre as ações, o movimento de queda do setor no pregão é mais em linha com o índice Ibovespa do que impactos da Americanas. Até porque a ação da varejista dispara mais de 50% no pregão de hoje, após derreter quase 80% na véspera, com negócios marcados por leilões.

“No curto prazo, vemos poucos gatilhos nas ações de shoppings. O caso da Americanas significa que o setor permanece inalterado, por ser bastante atraente em termos de avaliação. Todas as empresas estão sendo negociadas abaixo níveis históricos”, avaliam.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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