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O balanço dos balanços: Resultados das big techs apontam ‘impaciência’ dos investidores com IA

13 nov 2025, 12:09 - atualizado em 13 nov 2025, 12:09
Mão robótica tocando um gráfico da Bolsa
Imagem: Shutterstock.

A temporada de balanços das grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, chegou ao fim e nomes como Alphabet (dona do Google), Microsoft, Meta (ex-Facebook) e Amazon mostraram mais uma vez seus sólidos resultados. 

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Em termos de lucros e receitas, as big techs não têm do que reclamar: todas as empresas de tecnologia entregaram crescimento. Dentre elas, o menor crescimento do lucro por ação (LPA ou EPS, na sigla em inglês) foi da ordem de 12%, da Microsoft — e o maior deles, de 52%, ficou para a Amazon. 

No entanto, um ponto chama a atenção dos investidores e analistas: o investimento é cada vez maior — e contínuo — em infraestrutura, ligada especificamente à inteligência artificial (IA)

É verdade que teses ligadas à IA têm sido a “joia da coroa” das bolsas nos Estados Unidos, que vêm sendo impulsionadas por empresas de vários setores.

O próprio S&P 500, onde essas empresas estão abrigadas, vem renovando seus recordes e já sobe mais de 16% no acumulado de 2025 — lembrando que o índice abriga cerca de 500 empresas de capital aberto listadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês) e na Nasdaq.

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Juntas, Alphabet, Microsoft, Meta e Amazon valem US$ 11,4 trilhões, montante que não para de crescer, sustentado pela tese da IA.

No entanto, estaríamos chegando no ponto de uma bolha no mercado se formando?

Na ponta do lápis: Investimentos em inteligência artificial das big techs

Um trimestre atrás do outro, as empresas de tecnologia vêm fazendo aportes e aquisições bilionárias focadas em IA.

Até o fim do ano, a Alphabet pretende alocar um capex (investimento em infraestrutura) entre US$ 91 bilhões e US$ 93 bilhões, com foco em investimentos em data centers próprios e semicondutores internos. 

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A Microsoft também abriu os bolsos para investir US$ 34,9 bilhões só no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 74% na comparação anual. 

Meta e Amazon não ficaram para trás, vendo um crescimento do capex anualizado de 32% (para US$ 30,7 bilhões) e 78% (para US$ 115,9 bilhões), respectivamente, apostando fortemente em infraestrutura, data centers e IA. 

É sustentável no longo prazo?

Um relatório recente do JP Morgan sugere que, para gerar um retorno de 10% sobre investimentos em IA até 2030, seria necessário um faturamento anual de aproximadamente US$ 650 bilhões por ano, “o que é um número espantosamente grande”, escreve o banco.

Isso equivale, diz o relatório, a um pagamento recorrente mensal extra de US$ 34,72 de cada usuário de iPhone ou US$ 180 de cada assinante da Netflix

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“Nosso maior medo seria a repetição das experiências de construção de telecomunicações e fibra, onde a curva de receita não se materializou em um ritmo que justificasse o investimento contínuo”, escrevem os analistas. 

É verdade que, atualmente, as empresas geram montantes bilionários de caixa e receita, o que aparenta não ser um problema no curto e médio prazo.

Empresa Receita Últimos 12 Meses (até 3T25) Receita Q3 2025 Crescimento YoY (últimos 12 meses)
Alphabet US$ 385,5 bilhões US$ 102,35 bilhões 13,42%
Microsoft US$ 224,2 bilhões US$ 77,7 bilhões 16,70%
Meta US$ 189,5 bilhões US$ 51,24 bilhões 26,2%
Amazon US$ 691,3 bilhões US$ 180,2 bilhões 11,50%

Fonte: Levantamento Money Times.

Entretanto, os investidores e analistas começam a lançar dúvidas sobre o quanto isso é sustentável no longo prazo sem que a IA comece a gerar retorno por si só, tendo em vista que, do ponto de vista das big techs, o financiamento desses investimentos vem de outras áreas.

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É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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