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O caos das criptomoedas: O que explica a queda do bitcoin (BTC), ether (ETH) e mais

12 maio 2022, 16:18 - atualizado em 12 maio 2022, 16:46
Bitcoin (BTC) hoje
bitcoin opera em queda nesta semana (Imagem: Pexels/Roger Brown)

As criptomoedas têm passado por uma semana um tanto quanto desafiadora para o mercado cripto.

Na quarta-feira (11), por exemplo, o bitcoin (BTC) voltou a ficar abaixo dos US$ 30 mil, em uma queda semanal de 23,43%, segundo dados do CoinMarketCap.

Nesta quinta-feira (12), a situação não foi amenizada.

O bitcoin chegou a atingir US$ 26.350 nas primeiras horas do dia, embora estivesse cotado a US$ 28.284 no momento de publicação desta notícia. A perda da criptomoeda era de 10,41% nas últimas 24 horas, e de 28,3% na última semana.

O atual nível do bitcoin é o pior desde dezembro de 2020, segundo o Decrypt.

A crise também afetou outras figuras conhecidas do mercado. É o caso da ether (ETH) que sofreu quedas ainda maiores, ao chegar abaixo dos US$ 2 mil. Na madrugada desta quinta-feira, ETH chegou à cotação de US$ 1.748.

A queda das criptomoedas está acontecendo por uma série de motivos, sendo eles de curto e de longo prazo. Entenda:

Se o resto do mercado financeiro cai…

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o mercado das criptomoedas tem ligações diretas com o mercado financeiro tradicional.

Essa codependência tem se mostrado real já há alguns anos. Quando a pandemia do coronavírus surgiu e derrubou bolsas no mundo todo, por exemplo, o Bitcoin caiu 57%.

Atualmente as bolsas mundiais têm passado por uma forte contração nos últimos meses, por fatores como a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e o aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos). O aumento pode tornar as rendas variáveis menos atrativas para os investidores — o que inclui as criptomoedas no pacote.

A volatilidade de tudo

As criptomoedas, assim como outros investimentos de renda variável, são investimentos voláteis e sujeitos a uma série de fatores externos que podem afetar a sua cotação.

E é justamente a volatilidade que atrai alguns investidores, uma vez que, ao mesmo tempo em que as criptomoedas podem cair vertiginosamente, elas também podem ter altas significativas.

A queda do UST

Outra questão que influencia na queda dos criptoativos foi a perda do lastro da stablecoin TerraUSD (UST), responsável por manter a paridade com o dólar.

Tether (USDT), a maior stablecoin do mundo, perdeu seu lastro do dólar, ao cair para US$ 0,94 nesta quinta-feira (12), à medida que o mercado cripto entra em pânico após o colapso dos tokens da rede TerraLUNA e a stablecoin UST.

Segundo o Business Insider, essa foi a maior queda da stablecoin desde março de 2021. O atual cenário de crise das stablecoins levanta preocupações, visto que o ativo é considerado essencial para o funcionamento do mercado de criptomoedas.

O inverno cripto chegou?

Já há algum tempo, analistas do mercado financeiro apontam uma possível chegada do “inverno cripto”. Isso, para eles, significa que o crescimento do setor será substituído por um longo período de contração.

Para Edward Harrison, da Bloomberg, o inverno cripto acontecerá porque as criptomoedas se tornaram “cada vez mais uma arena para especulação, muitas vezes dominada por aqueles que procuram ganhar dinheiro rápido”.

“À medida que o Federal Reserve aperta a política, todo o espaço criptográfico segue as ações de alto beta mais baixas em meio ao aumento das taxas de juros. É uma questão de tempo antes que perdas maiores se materializem devido a especuladores deixando o espaço, mesmo que os entusiastas fiéis de criptomoedas mantenham (ou HODL) suas moedas. Isso significa que estamos no início de outro inverno criptográfico”, escreveu ele em um artigo.

Com informações de Vitória Martini

Editora
Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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