O endinheirado que escolheu 70 herdeiros pela lista telefônica e deixou milhares de euros para cada um; entenda

Nas últimas semanas, o nome do bilionário Nicolas Puech ficou no radar após a notícia de que ele tem pretensão de adotar e deixar cerca US$ 5,6 bilhões (R$ 27,5 bilhões) para o ex-jardineiro, de 51 anos.

Mas Puech não é o primeiro endinheirado a tomar decisões que surpreendem as pessoas no que diz respeito ao futuro do próprio patrimônio.

Em 2007, o jornal diário britânico The Guardian publicou que Luís Carlos de Noronha Cabral de Câmara selecionou de forma aleatória 70 nomes de uma lista telefônica de Lisboa, para escolher os herdeiros de sua fortuna.

A matéria não deixa claro o valor cheio do patrimônio de Câmara, mas destaca que ele deixou algumas “contas bancárias saudáveis”, um apartamento de 12 quartos, em Lisboa, uma casa em Portugal, carros de luxo e duas motos para este grupo de pessoas.

Na época, a publicação destacou que o testamento do endinheirado deixou aos herdeiros vários milhares de euros para cada.

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Herdeiros por telefone: Qual o motivo?

Anibal Castro era amigo de Câmara e testemunhou o caso, disse que o milionário estava determinado para que o seu patrimônio não fosse para o Estado, “que ele pensava ter roubado dinheiro dele durante toda a sua vida”.

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Castro também disse que Câmara provavelmente queria criar confusão deixando suas coisas para estranhos.

“Lembro-me do notário que lhe fez várias perguntas para se certificar de que não estava zangado depois de lhe ter pedido que lhe entregasse a lista telefônica regional de Lisboa”, relembra.

Câmara foi criado por uma babá e herdou de sua avó imóveis valiosos, que vendeu aos poucos para financiar motos e alimentar alguns gostos particulares, como a prática de tiros e bebidas.