O evento que pode virar o jogo para Marcopolo (POMO4) e fazer a ação saltar mais de 60%, segundo o BTG

Apesar do desempenho fraco das ações da Marcopolo (POMO4) em 2025 e uma queda acumulada de 3%, contra uma valorização de 13% do Ibovespa no mesmo período, o BTG Pactual segue otimista com o papel. Os analistas reiteraram a recomendação de compra para as ações e estimam um upside de 62%.
Segundo o banco, a frustração recente com os papéis está ligada à ausência de visibilidade sobre grandes encomendas para os próximos trimestres, o que tem gerado desconfiança entre investidores.
No entanto, o BTG aponta que a possível realização de um novo leilão do programa Caminho da Escola deve ser o próximo gatilho relevante para destravar valor nas ações da companhia.
Com a revisão positiva, os papéis POMO4 encerraram a sessão desta quinta-feira (12) com alta de 2,84%, a R$ 7,61.
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Novo leilão pode ser o gatilho que faltava para a Marcopolo
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realizou uma audiência pública em maio com o objetivo de coletar insumos técnicos para planejar a próxima rodada do programa. Para os analistas do BTG, o leilão deve acontecer entre o fim de 2025 e o início de 2026, o que já começa a reduzir o risco percebido pelos investidores e pode, aos poucos, destravar valor para os papéis da POMO4.
O programa Caminho da Escola tem papel histórico na indústria brasileira de ônibus, funcionando como um importante amortecedor de volume. O BTG lembra que, na última década, os leilões chegaram a representar cerca de 15% da produção local do setor. A última licitação ocorreu em outubro de 2023, com 16,3 mil unidades contratadas, o maior volume já registrado pelo programa desde sua criação, em 2008.
Agora, com a tendência de leilões mais espaçados, porém mais robustos, os analistas acreditam que o próximo edital pode envolver algo em torno de 10 mil veículos, o que traria alívio importante para as montadoras.
“Além de impulsionar volumes, os mecanismos mais recentes de repasse de custos também ajudam a preservar as margens da Marcopolo”, avaliaram os analistas no relatório.
Além da expectativa de um novo leilão, o BTG também projeta uma melhora gradual nos resultados operacionais a partir do segundo trimestre, o que pode ajudar a sustentar a ação no curto prazo. Segundo os analistas, mesmo com a dependência de encomendas públicas em parte relevante do negócio, a companhia tem mostrado boa disciplina de custos e capacidade de adaptação em um mercado ainda desafiador.
Com isso, a recomendação do banco permanece em compra, com preço-alvo de R$ 12,00, o que representa um potencial de valorização de 62% em relação ao último fechamento (11). Hoje (12), as ações da companhia subiam e por volta das 14h30 avançavam 3,65%, a R$ 7,67.
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