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O novo ‘pulo’ das ações do Itaú (ITUB4), segundo analistas

06 ago 2025, 12:08 - atualizado em 06 ago 2025, 12:13
Itaú
(Imagem: REUTERS/Tuane Fernandes)

O Itaú (ITUB4) divulgou mais um resultado considerado forte e dentro do esperado por analistas, com lucro de R$ 11,5 bilhões, alta de 14%. Houve elevação na maioria das linhas, com controle das despesas e, mais importante, inadimplência na medida certa.

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Na bolsa, o papel reagia. Por volta das 10h50, o papel chegou a subir quase 4%, mas diminuiu a alta para 1,88% por volta das 12h.

O dia é animado também para o Ibovespa, que sobe mais de 1%, mas isso não apaga o brilho dos resultados.

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Com todo o crescimento, o banco revisou seu guidance para 2025, elevando as projeções para a margem financeira com clientes (NII Clientes), sustentado pela forte geração de receitas.

Nas contas do Safra, o Itaú pode encerrar o ano com lucro líquido de R$ 46 bilhões, o que vai igualar ou até superar levemente a projeção atual de R$ 46,5 bilhões.

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“Dado o desempenho até agora, acreditamos que o banco está mirando o topo da faixa de guidance em linhas específicas como o NII de mercado (R$ 1,8 bilhão no acumulado do ano vs. R$ 2 bilhões no ponto médio)”, diz.

Qualidade alta

Segundo o BTG, embora os resultados tenham ficado em linha, a qualidade dos números foi alta.

Enquanto a margem financeira cresceu, levando à revisão positiva do guidance de margem financeira com clientes, a qualidade dos ativos permaneceu sob controle.

O capital de nível 1 (CET1) subiu 50 pontos-base (bps), para 13,1%, mais de 150bps acima dos concorrentes privados.

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As operações no Brasil entregaram um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de impressionantes 24,4%, com destaque para o varejo, que superou a rentabilidade do atacado pela primeira vez desde meados de 2021.

Ainda segundo o BTG, após um primeiro trimestre sazonalmente mais leve, as despesas operacionais subiram 9% no ano, 2,5% acima da estimativa.

“Consideramos positivo, dado o aumento em despesas com pessoal, bônus por desempenho, tecnologia e marketing, compensados por redução em custos de agências físicas”.

Já o Bradesco BBI destaca, porém, o crescimento menor da receita de tarifas, pressionada por assessoria, contas correntes e cartões de crédito.

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“Ao mesmo tempo, acreditamos que a carteira de crédito estável indica uma abordagem conservadora, onde esperamos que o banco termine no limite inferior da projeção, em 4,9% (dentro do intervalor de 4,5 a 8,5%)”.

Dá para o Itaú subir mais?

A questão agora é saber se o banco tem espaço para subir na bolsa. Em 2025, o papel sobe 31% e renova máximas.

Para a Genial, a alta não acabou. Os analistas projetam preço-alvo de R$ 43,80, o que daria mais uma pernada de 22%.

Os analistas recordam que  a ação segue negociando a múltiplos atrativos, ainda abaixo da média histórica: 7,6x o preço sobre o lucro (P/L) para 2025 e 6,9x P/L para 2026.

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“Bem capitalizado, com excesso de provisões e espaço relevante para ganhos de eficiência, o Itaú segue como nossa principal escolha (top pick) no setor bancário. Tem consistência dos resultados, resiliência operacional e vive bom momento”.

O BTG também vê novos espaços para alta. O banco observa, porém, uma mudança na narrativa: a digitalização, automação com IA e novos modelos de atendimento estão reduzindo estruturalmente o custo de servir (CTS), especialmente no varejo.

“Essa transformação deve resultar em melhorias significativas na eficiência até 2028. Com CTS menor, o banco poderá acelerar o crescimento de forma sustentável”.

Os analistas destacam que mesmo que essas melhorias não elevem diretamente o ROE, “a capacidade de manter retornos elevados enquanto cresce e reinveste em tecnologia e experiência do cliente pode ser suficiente para justificar uma expansão de múltiplos das ações do Itaú”.

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Outro ponto positivos são os dividendos.

Além dos bons resultados, o banco também poderá repetir algo que já faz alguns anos: os dividendos extraordinários, ou adicionais, como o CEO, Milton Maluhy, costuma chamar.

Em teleconferência com jornalistas, o executivo disse que, tudo mais constante, o banco voltará a pagar proventos extras.

Isso porque, com todo esse lucro, o banco possui excesso de capital. Há três alternativas: reter o montante, fazer aquisições ou distribuir dividendos.

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Veja as recomendações:

Corretora Recomendação Preço-alvo Potencial de alta*
BTG Compra R$ 40 12,1%
Safra Compra R$ 46 28,9%
Genial Compra R$ 43 20,5%
Bradesco BBI Compra R$ 44 23,3%
XP Compra R$ 43 20,5%

*considerando o preço de fechamento de R$ 35,69.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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