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O que está mexendo com os mercados nesta tarde? Confira os destaques

25 ago 2020, 13:32 - atualizado em 25 ago 2020, 13:33
Mercados Ibovespa
Na cena local, o governo adiou anúncio de medidas econômicas previsto inicialmente para esta terça-feira (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

1 – Mercado mostra fraqueza com negociações sobre medidas econômicas no radar

O Ibovespa (IBOV) mostrava alguma fraqueza nesta terça-feira, enquanto investidores avaliam negociações sobre medidas econômicas para o país e monitoram os mercados no exterior.

Do ponto de vista gráfico, a equipe da Ágora Investimentos observou que o Ibovespa começou a semana mantendo-se acima dos 100 mil pontos, mas que segue com um processo de “lateralização” que já perdura por mais de um mês.

Na cena local, o governo adiou anúncio de medidas econômicas previsto inicialmente para esta terça-feira, que devem incluir, entre outras, a criação do Renda Brasil, programa social previsto para ampliar o alcance do Bolsa Família.

Apesar do potencial efeito na recuperação da atividade econômica do país, agentes financeiros também aguardam detalhes finais do pacote para avaliar os efeitos nas contas públicas, que vêm ocupando cada vez mais a atenção do mercado.

Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 e Dow Jones (DJI) operavam em queda nesta terça-feira, depois de um rali de três dias, com uma baixa nas ações da Apple (APPL) ofuscando otimismo resultante de comentários feitos por autoridades dos Estados Unidos e da China sobre o compromisso de ambos com a Fase 1 de seu acordo comercial.

S&P 500 (SPX), referência para o mercado de ações dos EUA, abriu em uma máxima recorde, já que as notícias amenizaram algumas preocupações com a possibilidade de o acordo estar em terreno instável. Investidores também antecipavam o evento central da semana, a conferência anual de banqueiros centrais nos EUA, que vai contar com discurso do chair do Federal ReserveJerome Powell.

“Ambos os países acreditam que é do seu interesse fechar um acordo e estão dizendo que não querem permitir que preocupações políticas interfiram no comércio e perturbem a economia mundial”, disse Christopher Grisanti, estrategista-chefe de ações da MAI Capital Management.

2 – Oferta da Rumo precifica ação em R$ 21,75, e aumento de capital soma R$ 6,4 bilhões

Rumo (RAIL3) informou, em fato relevante, que a oferta de ações para aumentar seu capital precificou cada papel em R$ 21,75. O valor é 3% menor que a cotação de R$ 22,41 com que a Rumo fechou esta segunda-feira (24). O preço foi determinado por bookbuilding e as ações emitidas na operação passarão a ser negociadas na B3 (B3SA3) a partir de amanhã.

Por esse preço, o aumento de capital da Rumo alcançou R$ 6,4 bilhões, com a colocação inicial de 235 milhões de ações ordinárias, além de um lote adicional de 59,253 milhões de papéis, correspondente a 25,21% do lote inicial. De acordo com o prospecto da operação, o lote adicional poderia chegar a 35%.

Com isso, por volta das 11h56 (horário de Brasília), os papéis da Rumo subiam 4,11%, negociados a R$ 23,34.

Eletrobras
Privatização da Eletrobras está cada vez mais perto (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

3 – Governo está perto de acordo para destravar privatização da Eletrobras, diz senador

O governo do presidente Jair Bolsonaro está mais perto de conseguir avançar com o projeto de privatização da Eletrobras no Congresso, disse nesta terça-feira o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que participou de reuniões com os ministérios da Economia e de Minas e Energia sobre o tema na véspera.

A afirmação do senador vem após a Reuters publicar na segunda-feira, com informação de fontes, que o governo tem negociado um acordo para que a tramitação da proposta sobre a Eletrobras (ELTE3) comece no Senado, sob relatoria de Braga, ao invés de ser deliberada antes pela Câmara dos Deputados.

“O que posso dizer é que aquilo que estava paralisado ao longo do ano de 2019, paralisado no ano de 2020, parece que começa a se esboçar uma construção”, afirmou.

4 – Ser Educacional lucra R$ 54,7 milhões no 2º trimestre

Ser Educacional (SEER3) encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 54,7 milhões, de acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira (24). O montante veio 7,3% menor do que o registrado no mesmo período de 2019.

Pela base ajustada, o lucro cresceu 8,7% e totalizou R$ 58,2 milhões.

A receita líquida da companhia avançou 3,1%, de R$ 332,6 milhões para R$ 343 milhões.

Para o Credit Suisse, tais resultados foram possíveis graças à  consolidação da Uninorte.

Ser Educacional
O mercado recebeu bem o relatório divulgado pela Ser ontem à noite (Imagem: Reprodução/Ser Educacional)

“Excluindo a Uninorte, a Ser perdeu 8,5% de seus estudantes presenciais (primeiro semestre de 2020 versus primeiro semestre de 2019)”, destacou Mauricio Cepeda, autor do relatório divulgado pelo banco aos clientes. “A queda reflete os impactos negativos da compressão da renda no setor de ensino superior, que foi agravado pela crise da covid-19”.

O mercado recebeu bem o relatório divulgado pela Ser ontem à noite. Por volta das 11h05 desta terça-feira (25), as ações da companhia disparavam 9,45% a R$ 15,64.

5 – EUA e China reafirmam compromisso com Fase 1 do acordo comercial em telefonema

Autoridades comerciais dos Estados Unidos e da China  reafirmaram seu compromisso com a Fase 1 do acordo comercial, em que a China está atrasada nas suas obrigações de comprar produtos norte-americano, dando impulso aos mercados financeiros nesta terça-feira.

A promessa foi feita em um telefonema entre o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He – primeiro diálogo formal entre eles desde o início de maio – em meio a preocupações de que o acordo pode estar em terreno instável devido à piora nas relações entre os países.

“Ambos os lados veem avanço e estão comprometidos em adotar as medidas necessárias para garantir o sucesso do acordo”, disse o gabinete do secretário de Comércio dos EUA em comunicado após o que descreveu como telefonema agendado regularmente.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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