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O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

24 fev 2021, 13:10 - atualizado em 24 fev 2021, 13:10
Veja os destaques desta tarde (Imagem: REUTERS/Ralph Orlowski)

1. Wall Street abre em baixa com perdas em tecnologia

Os principais índices de Wall Street abriram em baixa nesta quarta-feira, com as ações de crescimento ainda pressionadas por preocupações sobre valorização, enquanto alguns papéis cíclicos ganhavam diante de perspectivas de recuperação econômica.

Nasdaq Composite recuava 0,48% na abertura, caindo em seis das últimas sete sessões.

Dow Jones Industrial Average perdia 0,12%, enquanto o S&P 500 tinha queda de 0,20%.

2. Mais de 150 executivos apoiam pacote de US$ 1,9 trilhão de Biden

Executivos de mais de 150 empresas manifestaram apoio ao pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão do presidente dos EUAJoe Biden, em carta aos líderes do Congresso pedindo a aprovação do plano de alívio da pandemia.

A carta é assinada por CEOs de vários setores, como David Solomon, do Goldman Sachs; Stephen Schwarzman, da Blackstone; Sundar Pichai, do Google; e John Stankey, da AT&T.

“Escrevemos para pedir uma legislação federal imediata e em grande escala para lidar com as crises econômica e de saúde provocadas pela pandemia de Covid-19”, escreveram os executivos na carta, divulgada anteriormente pela CNN.

“O Congresso deve agir rapidamente e em uma base bipartidária para autorizar um pacote de estímulo e alívio em linha com o Plano de Resgate Americano proposto pelo governo Biden-Harris.”

A carta também foi assinada por vários simpatizantes do ex-presidente Donald Trump, como Schwarzman, um dos maiores doadores do setor financeiro para a reeleição de Trump, e o magnata imobiliário de Nova York, Richard LeFrak.

O projeto de lei de Biden inclui uma série de medidas de gastos, incluindo distribuição de vacinas, reabertura de escolas, apoio aos governos estaduais e locais e cheques de estímulo que o presidente prometeu durante a campanha.

Os democratas avançam com o projeto, apesar de não terem muito apoio dos republicanos, que consideram a medida muito cara e desnecessariamente ampla.

“Fortalecer a resposta da saúde pública ao coronavírus é o primeiro passo para a restauração econômica”, escreveram os executivos. “O Plano de Resgate Americano mobiliza um programa nacional de vacinação, oferece ajuda econômica para famílias em dificuldades e apoia as comunidades que foram mais afetadas pela pandemia.”

3. Vendas de novas moradias nos EUA superam expectativas em janeiro

As vendas de novas moradias unifamiliares nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado em janeiro, impulsionadas por taxas de hipotecas historicamente baixas e uma aguda escassez de casas usadas no mercado.

As vendas de novas moradias avançaram 4,3% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 923 mil unidades, disse o Departamento de Comércio norte-americano nesta quarta-feira.

O ritmo de vendas de dezembro foi revisado para cima, a 885 mil unidades, ante número de 842 mil reportado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de novas moradias subiriam 2,1% em janeiro, para uma taxa de 855 mil unidades.

4. Petrobras diz a distribuidoras que não atenderá 100% da demanda de diesel em março

Petrobras (PETR3PETR4) comunicou às distribuidoras de combustíveis que não irá atender 100% da demanda para março e abril, disparando um alerta de risco de desabastecimento no mercado no próximo mês, embora a agência reguladora ANP não veja no momento chances de falta de produto.

O cenário de oferta apertada, conforme relataram à Reuters integrantes do mercado, tem potencial de “jogar mais gasolina” em um setor já impactado por declarações do presidente Jair Bolsonaro, de que aumentos recentes de combustíveis teriam sido excessivos e que iria suspender tributos federais.

A busca por mais volumes da Petrobras vem como um dos resultados de uma queda das importações por agentes privados –em 2020, a importação total de diesel caiu quase 8%–, uma vez que o preço da estatal não favoreceria negócios com o combustível importado. Além disso, março deve ter forte demanda, com o escoamento de uma safra recorde de soja.

Importadoras vêm afirmando desde o ano passado que estariam com dificuldades de realizar compras externas, pois a Petrobras estaria praticando preços abaixo da paridade de importação no mercado doméstico, impedindo a comercialização de volumes trazidos do exterior.

No passado, a Petrobras amargou prejuízos bilionários ao importar combustíveis por valores mais elevados do que os estabelecidos por ela mesmo no mercado interno, como forma de segurar a inflação.

O atual presidente da companhia, Roberto Castello Branco, comprometeu-se a não repetir o que ele considera ter sido um grave erro.

Procurada, a petroleira estatal não respondeu se deixou de atender as distribuidoras, dizendo apenas que informou sua disponibilidade de atendimento de óleo diesel para março dentro dos prazos e volumes previstos em contrato, e que os volumes aceitos estão muito acima da média dos últimos meses.

5. Chefe do FMI apela por ação forte do G20 para reverter “divergência perigosa” na economia global

O G20 deve tomar medidas fortes para reverter uma “divergência perigosa” que ameaça deixar a maioria das economias em desenvolvimento definhando por anos, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) em um blog nesta quarta-feira.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou que “uma colaboração internacional muito mais forte” é necessária para acelerar a distribuição de vacinas contra a Covid-19 nos países mais pobres, incluindo financiamento adicional para ajudá-los a comprar doses e realocar o excedente de vacinas de alguns mercados para outros com déficit.

O FMI projetou recentemente que a economia global vai crescer 5,5% neste ano e 4,2% em 2022, mas Georgieva alertou que as perspectivas permanecem incertas, citando preocupações sobre as mutações do coronavírus e distribuição lenta de vacinas na maior parte do mundo.

“Será uma ascensão longa e incerta”, escreveu ela em um blog que acompanha o relatório de supervisão do FMI preparado para a reunião de sexta-feira entre autoridades de finanças do G20, instando-os a tomar medidas para evitar o que ela chamou de “Grande Divergência”.

“Há um grande risco de que, à medida que as economias avançadas e alguns mercados emergentes se recuperem mais rapidamente, a maioria dos países em desenvolvimento definhem nos próximos anos”, disse ela. “Se quisermos reverter essa divergência perigosa entre os países e dentro deles, precisamos tomar medidas fortes agora.”

Além disso, a companhia disse não ter como avaliar um possível risco de desabastecimento. “A Petrobras, por não ser a única fornecedora de combustíveis ao mercado brasileiro, não tem como avaliar o risco do suprimento nacional”, declarou.

Historicamente a Petrobras, como estatal, garante o abastecimento nacional, mas quem tem a responsabilidade formal para essa tarefa é a agência reguladora do setor ANP.

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