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O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

10 mar 2021, 12:57 - atualizado em 10 mar 2021, 12:57
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Veja os principais destaques desta tarde (Imagem: REUTERS/ Paulo Whitaker)

1. Ibovespa avança com balanços sem tirar política do radar

Ibovespa avançava nesta quarta-feira, com as ações da BR Distribuidora entre as maiores altas após salto no resultado trimestral, assim como os papéis da RD, na esteira de desempenho sólido nos últimos três meses do ano.

Investidores também continuam atentos à cena política brasileira, que trazia aprovação pela Câmara dos Deputados do texto-base da PEC Emergencial em primeiro turno, além de entrevista coletiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Às 13h, o Ibovespa subia 0,11%, a 111.281,74 pontos. O volume financeiro somava 6,1 bilhões de reais.

A Câmara analisar nesta sessão destaques da PEC Emergencial que podem alterar o teor do texto da medida. Caso os deputados mantenham a proposta inalterada após aprovação em segundo turno, ela será promulgada e entrará em vigor.

Na visão da equipe da Ágora Investimentos, a aprovação da PEC na Câmara pode trazer fôlego aos ativos brasileiros.

No exterior, os futuros dos índices norte-americanos S&P 500 e Nasdaq 100 avançavam após dados mostrarem que a inflação subjacente permaneceu tépida, aliviando as preocupações sobre um aumento dos custos de financiamento a curto prazo.

Análise técnica do Safra afirma que o índice encontra suporte em 107.300 pontos, região por onde passa a média móvel de 200 períodos. “Se perder este, o índice encontrará a próxima defesa em 105.500 pontos.”

Do lado da alta, o Safra diz que o Ibovespa encontrará resistência em 115.500 pontos, “que mantém o índice em tendência de baixa no curto prazo”.

2. Bolsonaro aparece à frente de Lula em pesquisa após petista retomar direitos políticos, diz Real Time Big Data

O presidente Jair Bolsonaro aparece à frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pesquisa para a eleição presidencial marcada para outubro do ano que vem e divulgada nesta quarta-feira pela CNN Brasil.

De acordo com o levantamento, feito pelo instituto Real Time Big Data, Bolsonaro, que está atualmente sem filiação partidária para disputar a reeleição, aparece com 31% das intenções de voto, seguido por Lula (PT), que soma 21%.

Lula retomou os direitos políticos na segunda-feira, após decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou as condenações que o petista sofreu no âmbito da operação Lava Jato em Curitiba. Com isso, ele deixou de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que impediu sua candidatura no pleito de 2018.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro, também sem partido e juiz responsável pelas condenações impostas a Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba, apontada por Fachin como não sendo a vara competente para julgar o ex-presidente, aparece em terceiro na pesquisa com 10%.

Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, Moro está em empate técnico com Ciro Gomes (PDT), que soma 9%, com o apresentador da TV Globo Luciano Huck, também sem filiação partidária e que aparece com 7%, e com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem 4%.

João Amoedo (Novo) aparece com 2% e Marina Silva (Rede) soma 1%. Brancos e nulos são 12% e 3% não souberam ou não responderam.

Em uma simulação de segundo turno, Bolsonaro e Lula aparecem em empate técnico, com o atual presidente somando 43% contra 39% do petista. Brancos e nulos somam 15% e 3% não souberam ou não responderam.

A pesquisa foi conduzida entre os dias 8 e 9 de março, após da decisão de Fachin que recolocou Lula no tabuleiro eleitoral do ano que vem, e ouviu 1.200 pessoas por telefone.

3. Preços ao consumidor dos EUA sobem com força em fevereiro

Os preços ao consumidor dos Estados Unidos avançaram solidamente em fevereiro em meio à alta da gasolina, registrando seu maior ganho anual em um ano, embora o núcleo da inflação tenha permanecido fraco à medida que a demanda por serviços como viagens aéreas aumenta apenas gradualmente.

O Departamento do Trabalho dos EUA disse nesta quarta-feira que seu índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, após alta de 0,3% em janeiro. Nos 12 meses até fevereiro, o índice ganhou 1,7%, maior alta desde fevereiro de 2020, após avançar 1,4% em janeiro.

A alta do índice no mês passado ficou em linha com as expectativas de economistas.

A inflação deve subir nos próximos meses, com as quedas de preços vistas no início da pandemia saindo dos cálculos, mas não há consenso entre os economistas sobre se ela vai além dos chamados efeitos base, já que um ritmo mais rápido de vacinação permitirá que a economia reabra rapidamente.

Alguns argumentam que uma política fiscal muito expansionista, marcada por quase 900 bilhões de dólares em dinheiro adicional para alívio à pandemia no final de dezembro e o pacote de resgate de 1,9 trilhão de dólares do presidente Joe Biden, que deve ser aprovado pelo Congresso esta semana, pode alimentar a inflação.

Isso, bem como as compras de títulos do Federal Reserve, poderia fazer com que a economia, que mergulhou na recessão em fevereiro de 2020, superaqueça.

Os rendimentos dos Treasuries dispararam recentemente em antecipação a um crescimento econômico mais forte este ano e uma inflação mais alta. Mas outros economistas, incluindo o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, acreditam que qualquer aumento nas pressões de preços será transitório.

Há muita folga no mercado de trabalho, com pelo menos 18 milhões de norte-americanos recebendo auxílio-desemprego.

Os preços da gasolina dispararam 6,4% em fevereiro, respondendo por mais da metade da alta do índice de preços ao consumidor. Esse salto se somou a um ganho de 7,4% em janeiro.

4. XP eleva previsão para dólar e vê Selic de 5% em 2021 com inflação maior, pandemia e risco fiscal

XP informou nesta quarta-feira uma rodada de piora em projeções para câmbiojurosinflação e atividade econômica em 2021, citando alta dos juros externos, recrudescimento da pandemia no Brasil, noticiário sobre a Petrobras (PETR3PETR4) e “sustos” na tramitação na PEC Emergencial.

A casa agora prevê dólar de 5,30 reais ao fim deste ano (4,90 reais antes), IPCA de 4,9% (3,9% antes), Selic de 5,00% (ante 3,5% na estimativa de fevereiro e 2% da taxa atual) e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2%, abaixo da taxa de 3,4% esperada antes.

O prognóstico para o PIB de 2022 também foi cortado –de alta de 2,0% para 1,5%.

Segundo a XP, desde a publicação do relatório de expectativas de fevereiro, os cenários econômicos no Brasil e no mundo se tornaram “mais desafiadores”.

“No Brasil, a dinâmica da pandemia piorou, demandando medidas restritivas mais duras. Na economia, a troca de comando na Petrobras, a decisão de subsidiar preços de diesel e gás de cozinha e a tramitação da PEC emergencial sinalizam o risco de maior intervenção política”, afirmou a XP.

“Por fim, a decisão do ministro Fachin de suspender as condenações do ex-presidente Lula no âmbito da Lava-Jato tende a intensificar a polarização nas eleições de 2022″, acrescentou.

Para a XP, o texto da PEC Emergencial aprovado pelo Senado –e que agora tramita pela Câmara– foi “relativamente positivo”, com limitação do volume de recursos para o Auxílio Emergencial e contrapartidas de melhoria da governança fiscal. Mas a instituição financeira avalia que a tramitação foi “turbulenta” e lembra que o presidente Jair Bolsonaro sinalizou intenção de diluir as contrapartidas ao auxílio emergencial.

“Neste novo cenário, os prêmios de risco dos ativos brasileiros tendem a ser persistentemente mais elevados”, disse a XP.

A previsão de dólar a 5,30 reais ao fim do ano, apesar de acima da estimativa anterior, ainda embute apreciação da taxa de câmbio, já que a moeda norte-americana spot era cotada nesta quarta-feira em torno de 5,73 reais.

5. Europa receberá mais 4 milhões de vacinas contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech neste mês

A Comissão Europeia disse nesta quarta-feira que chegou a um acordo com as farmacêuticas Pfizer e BioNTech para o fornecimento de quatro milhões de doses adicionais de vacinas contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech neste mês.

As doses serão uma adição às entregas já planejadas para aliviar a movimentação nas fronteiras e lidar com focos do vírus, disse a Comissão Europeia.

“Através de seu uso específico onde são mais necessárias, em particular em regiões de fronteira, estas doses também ajudarão a garantir ou restaurar a livre movimentação de bens e pessoas”, disse a presidente da comissão, Ursula von der Leyen.

A Pfizer havia se comprometido a fornecer um total de 500 milhões de doses de vacina à União Europeia até o final de 2021. (Por Yadarisa Shabong e Manojna Maddipatla em Bengaluru)

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