Mercados

O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

23 nov 2020, 13:08 - atualizado em 23 nov 2020, 13:08
Ibovespa Mercados Ações
Veja as principais notícias do dia (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

1. Ibovespa sobe aos 107 mil pontos com vacinação no radar; Carrefour Brasil recua

A bolsa paulista abria a semana com viés positivo, com o Ibovespa ao redor de 107 mil pontos, em meio a apostas otimistas sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, enquanto Carrefour Brasil era destaque negativo.

Às 13h05 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,97%, a 107.075,84 pontos. O volume financeiro era de 5 bilhões de reais.

A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira que sua potencial vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford pode ser em torno de 90% eficaz sem nenhum efeito colateral grave.

O anúncio vem após a Pfizer pedir a reguladores dos EUA na sexta-feira autorização para uso de emergência de sua vacina, algo que pode acontecer ainda na primeira quinzena de dezembro.

No exterior, o sinal positivo prevalecia entre os futuros em Wall Street, assim como avançavam os preços do petróleo.

2. Covid-19 antecipou em três anos a migração de pessoas físicas para Bolsa, diz CEO da B3

Selic baixa não foi a única responsável pela grande migração de pessoas físicas para a Bolsa durante este ano. A crise econômica causada pela pandemia de coronavírus também incentivou os investidores a buscarem opções mais rentáveis, a fim de preservar seu patrimônio.

A avaliação é do presidente da B3 (B3SA3), Gilson Finkelsztain. “Aquele comodismo das pessoas de ter seus investimentos em renda fixa com juros altos ficou para trás”, afirmou o executivo, durante sua participação no evento Investidor 3.0, promovido pela Empiricus Research e pela Vitreo. “Certamente, a crise ajudou bastante”, acrescentou.

A B3 encerrou setembro com 3,1 milhões de investidores pessoa física. O número representa um salto de 114% sobre o terceiro trimestre do ano passado, quando havia 1,4 milhão de CPFs cadastrados. Finkelsztain não tem dúvidas de que a pandemia ajudou. “O que a gente veria em dois ou três anos, vimos acontecer em quatro ou seis meses”, disse.

Informação é dinheiro

Além dos juros baixos e da busca por aplicações mais rentáveis, os investidores também se beneficiaram com o crescimento da oferta de informações sobre o mercado de capitais. A educação financeira, aliás, é vista pelo presidente da B3 como essencial para o amadurecimento das pessoas físicas ao lidar com produtos de renda variável.

“Acho que a pessoa física, neste ano, deu um show e, inclusive, calou a boca de muita gente que falava que, na primeira crise, esse investidor colocaria a viola no saco e iria pra casa”, sublinhou Finkelsztain.

3. Negociador da UE diz que “divergências fundamentais” no comércio persistem com Reino Unido

O negociador da União Europeia para o Brexit disse nesta segunda-feira que grandes diferenças persistem nas tratativas comerciais com o Reino Unido, mas que os dois lados se empenham por um acordo.

“O tempo é curto. Divergências fundamentais ainda persistem, mas continuamos a trabalhar duro por um acordo”, disse Michel Barnier.

Os negociadores comerciais retomaram as conversas sobre a forma que o novo relacionamento entre a UE e o Reino Unido tomará depois que o acordo de transição pós-Brexit expirar no dia 31 de dezembro.

Como nas últimas semanas, o foco continua essencialmente na divisão das cotas de pesca e na garantia de uma concorrência justa para as empresas, o que inclui a regulamentação da ajuda estatal.

As conversas presenciais, suspensas na semana passada depois que um membro da delegação da UE foi diagnosticado com coronavírus, serão retomadas em Londres “quando for seguro fazê-lo”, disse uma fonte que acompanha o Brexit sob condição de anonimato.

Outra fonte, esta uma autoridade do bloco, acrescentou: “As diferenças sobre condições iguais e pesca continuam grandes”.

No final de semana, o jornal britânico Sun noticiou que os negociadores estão analisando uma cláusula que permitiria uma renegociação de quaisquer arranjos de pesca novos dentro de vários anos.

4. Guedes afirma que mais reformas virão após eleições municipais, incluindo BC independente

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que depois das eleições municipais há conversas em curso para a realização de mais reformas, destacando ter certeza quanto à aprovação pela Câmara dos Deputados da autonomia formal do Banco Central, projeto que já foi chancelado no Senado.

Ao participar de webinário promovido pela Firjan, ele disse que há uma pauta mínima que deve avançar, pois “tem baixo custo político e muito retorno social”, citando BC independente, marco regulatório para gás natural e cabotagem.

O ministro afirmou ainda que, se houver nova onda de Covid-19, o governo agirá com a mesma capacidade de decisão empenhada neste ano, mas já sabendo os programas que funcionam melhor e os que não emplacaram na crise.

Ele avaliou que o número de mortes pelo coronavírus parece ter tido um repique, mas afirmou que é preciso observar se esse movimento vai se firmar.

“Pode ser que tenha voltado um pouco, mas ao mesmo tempo tem características sazonais a doença. Estamos entrando no verão, primavera-verão, e vamos observar um pouco em vez de já, nós que não somos especialistas, começar a decretar que doença está aí e tem que trancar tudo de novo”, disse.

5. Economista-chefe do BC britânico vê cicatrizes duradouras da crise da Covid-19

A crise do coronavírus deixará cicatrizes duradouras na forma de níveis de dívida mais altos, desemprego, educação perdida e problemas de saúde mental, especialmente para pessoas com renda mais baixa, disse o economista-chefe do Banco da Inglaterra, Andy Haldane.

“Os anúncios de vacinas das últimas semanas oferecem uma esperança no fim do túnel”, disse Haldane em comentários feitos nesta segunda-feira em uma conferência para instituições de caridade organizada pela Civil Society Media.

“No entanto, mesmo com uma vacina, está claro que essa crise deixará algumas cicatrizes duradouras, principalmente nos mais pobres e desfavorecidos.”

A economia britânica encolheu em um quarto quando a pandemia de Covid-19 atingiu o país no início de 2020, e levou o governo a fechar grande parte das empresas.

Haldane disse que cerca de dois terços das perdas foram recuperados até agora e espera que a retomada seja mais acentuada do que em recessões anteriores, refletindo a velocidade do colapso e o recente progresso nas vacinas.

Jornalista | Analista de Marketing
Linkedin
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.