Economia

O que falta para o Banco Central acelerar os cortes na Selic? Campos Neto responde

06 fev 2024, 11:28 - atualizado em 06 fev 2024, 11:28
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Selic: Campos Neto afirma que é difícil pensar em uma convergência para metas de inflação sem a queda dos preços de serviços. (Imagem: Rafael Ribeiro/BCB)

Há cinco reuniões, o Comitê de Política Monetária (Copom) vem reduzindo consecutivamente a Selic em um ritmo de 0,50 ponto percentual. O mercado se questiona se o Banco Central pretende acelerar os cortes e o presidente Roberto Campos Neto parece ter uma resposta.

Durante o CEO Conference, evento do BTG Pactual, Campos Neto destacou que a desinflação brasileira está dentro do previsto pela autoridade monetária, mas que os núcleos de serviços está marginalmente alta.

Além disso, ele apontou que é difícil pensar em uma convergência para metas de inflação sem a queda dos preços de serviços. Agora, se as expectativas se mantiverem mais equilibradas, isso proporciona a possibilidade de mais cortes de juros.

Campos Neto quer terminar o ciclo da Selic no nível mais baixo possível

O presidente do BC ainda disse que o objetivo da autoridade monetária é encerrar o ciclo de corte de juros com a Selic no menor patamar possível. No entanto, o Banco Central não quer levar a taxa para um nível que comprometa a estabilização da inflação.

De acordo com o Relatório Focus, divulgado nesta terça-feira (6), as projeções dos economistas seguem em uma Selic em 8,50% a partir do ano que vem.

Campos Neto ainda destacou algo que está na ata do Copom, de que o mercado de trabalho no Brasil surpreendeu bastante e que os dirigentes estão avaliando qual será o impacto disso para a inflação.

Vale lembrar que este deve ser o último ano que Campos neto na liderança do Banco Central. Seu mandato termina em dezembro de 2024 e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou o seu primeiro ano de governo criticando e questionando as decisões tomadas pela autarquia.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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