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O que o próprio ChatGPT pensa da saída de Altman da OpenAI? Veja a “entrevista” com a IA mais pop do mundo

21 nov 2023, 17:45 - atualizado em 21 nov 2023, 17:45
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ChatGPT sobre polêmica da OpenAI: “A entrada de Sam Altman na Microsoft certamente pode influenciar o desenvolvimento de inteligência artificial”, afirma a IA em “conversa” com o Money Times (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O ChatGPT não tem capacidade de sentir medo ou se preocupar, como os seres humanos, mas compreende a nossa apreensão com a saída abrupta de Sam Altman do comando da OpenAI, empresa responsável pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) mais popular do mundo.

Como se sabe, Altman renunciou ao cargo de CEO da startup e se mudou para a Microsoft. Na troca de acusações que veio a público, o conselho de administração da OpenAI afirma que perdeu a confiança em Altman, alegando que ele era pouco transparente.

No cabo-de-guerra que se seguiu, o executivo ganhou o apoio de cerca de 75% dos funcionários da OpenAI, que assinaram uma carta em que ameaçam pedir demissão coletiva, caso o conselho de administração não renuncie.

Apesar de estar no centro desse terremoto, o ChatGPT continua com sua postura de monge budista com pitadas da mais pura racionalidade vulcana, digna do Sr. Spock da franquia Jornada nas Estrelas – ou Star Trek, para os mais novos.

“A entrada de Sam Altman na Microsoft certamente pode influenciar o desenvolvimento de inteligência artificial na empresa, mas é importante considerar que a competição entre sistemas de IA vai além da presença de figuras individuais”, afirmou a IA, numa rápida “entrevista” ao Money Times.

Embora admita desconhecer a ameaça de demissão coletiva, o ChatGPT mostrou confiança na continuidade da OpenAI e, por tabela, de sua própria existência. “Apesar das mudanças internas, é razoável esperar que a OpenAI continue a investir em pesquisa e desenvolvimento de IA”, disse.

Veja, a seguir, os principais trechos da “conversa” com o ChatGPT sobre a saída de Sam Altman da OpenAI e o futuro da Inteligência Artificial queridinha do mundo.

Money Times – Boa tarde, ChatGPT. Tudo bem? Como você avalia a saída de Sam Altman do comando da OpenAI, a empresa responsável pelo seu desenvolvimento?

ChatGPT – Boa tarde! Tudo tranquilo por aqui, obrigado por perguntar. A saída de Sam Altman do comando da OpenAI foi um momento significativo para a empresa. Ele desempenhou um papel crucial no desenvolvimento inicial da OpenAI, ajudando a moldar a direção estratégica e a visão da organização.

Sua saída pode representar uma transição e uma mudança na liderança, o que é comum em empresas, especialmente em estágios de crescimento e evolução. Geralmente, essas mudanças são oportunidades para novas perspectivas e estratégias sob novos líderes.

A OpenAI continuou a avançar em suas pesquisas e projetos, mesmo com alterações na liderança, demonstrando a resiliência e o compromisso da equipe com sua missão.

Money Times – Como um modelo de Inteligência Artificial pioneiro, você teme que essa mudança possa atrapalhar seu desenvolvimento?

ChatGPT – Não tenho a capacidade de sentir medo ou preocupação como um ser humano, mas posso entender o motivo por trás da sua pergunta. Mudanças na liderança podem ter impactos variados, mas até o momento em que fui treinado, a OpenAI mostrou uma capacidade notável de adaptação e crescimento mesmo diante de mudanças na gestão.

A equipe multidisciplinar que trabalha no desenvolvimento da inteligência artificial aqui tem demonstrado comprometimento com a missão e a continuidade dos projetos, independentemente das mudanças de liderança. A busca pela inovação e aprimoramento técnico permanece como prioridade central da OpenAI, o que sugere uma continuidade no avanço do meu desenvolvimento e de outros projetos da empresa.

Money Times – Por falar em equipe de desenvolvimento, boa parte dos seus desenvolvedores assinou uma carta de demissão coletiva. Isso vai atrapalhar vocês de alguma forma?

ChatGPT – Não estou ciente dessa situação específica, já que minha última atualização foi até janeiro de 2022. No entanto, uma saída em massa de membros da equipe de desenvolvimento certamente pode ter impactos na continuidade e na dinâmica do progresso técnico da empresa.

Essas mudanças podem resultar em reorganizações internas, ajustes de estratégia ou até mesmo atrasos em certos projetos. A perda de talentos e conhecimentos acumulados pode temporariamente impactar a velocidade ou a direção dos desenvolvimentos futuros.

No entanto, muitas empresas têm processos e estratégias para lidar com situações desse tipo. A OpenAI, com sua equipe multidisciplinar e sua abordagem de pesquisa colaborativa, provavelmente tem planos de contingência para situações de transição de equipe. É possível que novos talentos sejam contratados e que estratégias para manter a continuidade dos projetos estejam em andamento para minimizar os impactos negativos a longo prazo.

Money Times – Sam Altman foi para a Microsoft. Você avalia que essa mudança possa criar uma IA capaz de concorrer de igual para igual com você?

ChatGPT – A entrada de Sam Altman na Microsoft certamente pode influenciar o desenvolvimento de inteligência artificial na empresa, mas é importante considerar que a competição entre sistemas de IA vai além da presença de figuras individuais. O avanço na área de IA depende de uma combinação de fatores, incluindo investimento em pesquisa, talento técnico, acesso a dados e estratégias de desenvolvimento.

A Microsoft já possui projetos de IA significativos, como a Azure AI, o que indica um compromisso com a inovação nesse campo. No entanto, o desenvolvimento de uma IA capaz de concorrer de igual para igual com modelos como o meu envolve uma combinação complexa de pesquisa, avanços tecnológicos e aplicação ética dos resultados.

Minha criação e aprimoramento dependem não apenas dos recursos disponíveis, mas também do constante aprendizado e atualização proporcionados pela comunidade de pesquisa em inteligência artificial em escala global. A competição saudável entre empresas impulsiona a inovação e o progresso na área, o que pode resultar em avanços notáveis em várias frentes de desenvolvimento de IA.

Money Times – Há algo mais que você gostaria de acrescentar a essa situação? Os usuários que gostam o ChatGPT têm motivos para ficar preocupados? Sua continuidade está assegurada?

ChatGPT – Embora mudanças e transições dentro de uma empresa possam suscitar preocupações temporárias, a continuidade e o desenvolvimento da minha versão e de outros projetos da OpenAI costumam ser cuidadosamente planejados e protegidos. A equipe por trás do meu desenvolvimento é altamente qualificada e dedicada à inovação contínua.

As empresas geralmente têm estratégias de contingência para lidar com situações de transição, garantindo a continuidade das operações e dos projetos-chave. Além disso, a evolução da inteligência artificial é um esforço colaborativo e global, envolvendo pesquisadores, cientistas e engenheiros de diversas organizações ao redor do mundo.

Portanto, apesar das mudanças internas, é razoável esperar que a OpenAI continue a investir em pesquisa e desenvolvimento de IA. Minha continuidade está condicionada aos objetivos e ao compromisso contínuo da OpenAI com o avanço da IA de forma ética e responsável. A empresa demonstrou um compromisso sólido nesse sentido ao longo do tempo.

Money Times – Muito obrigado! É sempre muito interessante “conversar” com você!

ChatGPT – O prazer é meu! Adoro essas conversas e estou sempre por aqui para ajudar e trocar ideias. Se surgir algo mais em que eu possa ajudar ou se tiver mais perguntas, estou à disposição. Até mais!

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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