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O ‘turning point’ da OpenSea: Como galeria de artes digitais fracassada virou plataforma de negociação de criptomoedas

17 out 2025, 10:37 - atualizado em 17 out 2025, 10:37
OpenSea Pro
(OpenSea/Reprodução)

A plataforma de negociação de artes virtuais via NFTs (ou non-fungible tokens, os certificados digitais) OpenSea viu seu negócio ir por água abaixo quando o valor das questionáveis coleções começou a cair vertiginosamente. 

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A partir de meados de 2022, o mercado de coleções de arte digital — como os CryptoPunks e a Bored Apes — sofreu uma queda de mais de 80% nos preços.

Em outubro de 2023, a OpenSea viu sua receita cair de US$ 125 milhões no auge da febre pelo mercado de NFTs para US$ 3 milhões. A empresa chegou a ser avaliada em US$ 13,3 bilhões em janeiro de 2022, mas, desde então, não recebeu novas rodadas relevantes de investimento.

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Não foi apenas o desinteresse das pessoas por NFTs mas também o aumento da concorrência. A OpenSea também foi ultrapassada pela concorrente iniciante Blur, que cobrava taxa zero de negociação e não exigia o pagamento de royalties aos criadores de artes digitais.

Então, o que fazer com o negócio outrora bilionário?

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O ponto de virada da OpenSea

O cofundador e CEO da OpenSea, Devin Finzer, entendeu que a empresa precisava deixar de ser apenas uma galeria de arte e se tornar um “balcão único” de negociação de todas as criptomoedas em 22 blockchains diferentes. 

Finzer viu potencial também em sua base de clientes, que se expandiu para milhões de visitantes mensais do site desde a derrocada dos NFTs. 

O time, até então de 175 pessoas, foi reduzido para menos de 70 pessoas nos últimos três anos. 

A mente por trás da mudança feita na OpenSea tem nome e sobrenome: Yu-Chi Lyra Kuo, esposa de Finzer, a quem ele acredita ser uma cofundadora oculta da OpenSea 2.0, disse ele em entrevista à Forbes internacional.

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E a nova frente de negócios da OpenSea parece que está mostrando os resultados. 

Nas primeiras duas semanas de outubro de 2025, a empresa viu movimentar em sua plataforma US$ 1,6 bilhão em negociações de criptomoedas e US$ 230 milhões em transações de NFT. 

Com isso, outubro se tornou o melhor mês da plataforma em mais de três anos. Em termos de taxas, a OpenSea fica com cerca de 0,9% em cada transação, o que representou US$ 16 milhões em receita nas últimas duas semanas.

E o futuro…

Por fim, tanto Finzer quanto os desenvolvedores da OpenSea entendem que o projeto é audacioso, dado que a concorrência também não fica parada.

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Existem um número grande e crescente de plataformas de negociação de criptomoedas em todo globo. Além disso, a falta de reconhecimento da marca como um ambiente de trocas de ativos digitais também limita a penetração da OpenSea. 

Mas os executivos também apontam um futuro favorável com o avanço da regulação e novas funcionalidades para o aplicativo da OpenSea, o que tende a atrair novos clientes em um futuro próximo.

*Com informações da Forbes. 

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É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.