Odontoprev projeta excelente geração de caixa e fortes dividendos em 2020

Durante uma reunião com os analistas do BTG Pactual (BPAC11), Jose Pacheco, diretor de Relações com Investidores da Odontoprev (ODPV3), disse que 2020 será marcado pela excelente geração de caixa da empresa e pelos fortes dividendos, reflexos de frequências mais baixas e um mix de receitas melhor.

“A administração disse que não teve grandes impactos da covid-19 nos números do primeiro trimestre. A quarentena causou de fato uma baixa nas reclamações dentárias na primeira semana de abril, antes de subir gradualmente nas semanas seguintes. Mas a atual taxa de frequências ainda está abaixo dos níveis normalizados”, disseram Samuel Alves e Yan Cesquim.

A Odontoprev espera por uma queda acentuada nas reclamações dentárias no segundo e terceiro trimestres, enquanto as frequências devem retornar aos níveis históricos no fim do ano.

Segmento corporativo

O segmento Corporativo, que representa mais da metade da receita da companhia, tem se destacado como a divisão mais resiliente.

Segundo Pacheco, todos os contratos permanecem alinhados virtualmente, com exceção de uma pequena parcela de clientes que suspendeu os serviços por alguns meses. As taxas de inadimplência, inclusive, quase não mudaram.

Sobre os segmentos Individual e de Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a Odontoprev enxerga um cenário mais volátil para as categorias. O volume de altas caiu durante a pandemia e a taxa de rotatividade subiu, o que indica que a receita do ano deve ser puxada para baixo. Por outro lado, a melhora no mix de receitas ajudará a sinistralidade e o controle das despesas gerais e administrativas.

Recomendação neutra

O BTG está otimista com o curto prazo e a promessa de crescimento de ganhos a dois dígitos neste ano.

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“Acreditamos que a Odontoprev oferece uma grande proteção para investidores que procuram abrigo em tempos de maior volatilidade”, afirmaram Alves e Cesquim.

A recomendação, por outro lado, permanece neutra, pois o banco considera a ação já precificada. O preço-alvo em 12 meses é de R$ 15.

JCP

A companhia anunciou neste mês que irá pagar R$ 13,3 milhões em juros sobre capital próprio, com base na posição de 16 de junho de 2020.

O pagamento será realizado em 3 de julho. As ações passaram a ser negociadas em “ex-JCP” no dia 17 de junho.