Oi (OIBR3): O que está por trás da derrocada de 10% nesta quarta-feira (2)?

As ações do Grupo Oi (OIBR3) enfrentam uma derrocada na B3 no pregão desta quarta-feira (2), após a companhia propor um aditamento no plano de recuperação judicial.
As ações encerraram o dia com recuo de 9,23%, a R$ 0,59. Durante a sessão, os papéis bateram mínima com baixa de 12,31%. Acompanhe o tempo real.
A proposta do grupo — que inclui a Oi S.A., Portugal Telecom International Finance BV e Oi Brasil Holdings Cooperatief UA — pretende reduzir custos imediatos após a nova direção se deparar “com a frustração de algumas das premissas regulatórias, financeiras e mercadológicas adotadas pela antiga gestão”.
Um aditamento nada mais é do que o acréscimo de algo, nesse caso, para realizar alterações legais no plano da companhia.
Segundo o documento, a Oi tem três objetivos, sendo o primeiro a reestruturação das condições de pagamento dos credores trabalhistas e de certos quirografários (Classe I e III) para garantir a adequação entre a geração de caixa do Grupo Oi e o fluxo de pagamento dos referidos credores.
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Somado a isso, a empresa busca a redução do passivo do Grupo Oi para aumentar a disponibilidade de recursos imediatos para manutenção das atividades da Companhia e garantir um fôlego financeiro para que a nova gestão possa adequar a estrutura de capital conforme a realidade financeira da companhia após a implementação de diversas medidas de reestruturação.
A proposta de aditamento passará por assembleia geração de credores, em data não informada, e deverá ser homologada pelo Juízo da Recuperação Judicial. Dessa maneira, pode passar por ajustes.
Caso o plano não receba aprovação, vale o anterior, homologado em 2024, com a retomada das obrigações e o fim da proteção judicial, o que pode dificultar a recuperação da Telecom.
Novo plano da Oi
Conforme o documento divulgado ao mercado, a Oi propõe aos credores trabalhistas o pagamento à vista de até R$ 9 mil, limitado a um teto global de R$ 30 milhões, ou parcelamento em até três anos, com limite individual de 150 salários-mínimos. Já para credores da Classe III, o plano prevê pagamentos até 2038, com os valores atrelados à alienação de imóveis.
Somado a isso, a companhia propõe a rescisão de contratos considerados descontinuados e a liberação de 50% dos depósitos recursais para pagamento trabalhista, direcionando o restante ao capital de giro.
O plano também pretende criar um veículo societário para gerir e vender mais de 7 mil imóveis, avaliados em R$ 4 bilhões. Credores poderão receber cotas desse fundo como forma de dação em pagamento. A governança renovada, implantada em dezembro de 2024, tem como meta preservar cerca de 22 mil empregos diretos e indiretos, além de manter a operação em funcionamento.
*Com informações do Seu Dinheiro