Oi (OIBR3): Sob pressão financeira, telecom propõe mudanças no plano de recuperação judicial

O Grupo Oi (OIBR3) enfrenta dificuldades em sua segunda recuperação judicial, iniciado em 2023. A companhia de telecomunicações informou na terça-feira (2) um aditamento (isto é, prorrogação) do plano de saída do processo.
A proposta do grupo — que inclui a Oi S.A., Portugal Telecom International Finance BV e Oi Brasil Holdings Cooperatief UA — pretende reduzir custos imediatos após a nova direção se deparar “com a frustração de algumas das premissas regulatórias, financeiras e mercadológicas adotadas pela antiga gestão”.
Um aditamento nada mais é do que o acréscimo de algo, nesse caso, para realizar alterações legais no plano da companhia. Segundo o documento, a Oi tem três objetivos, sendo o primeiro a reestruturação das condições de pagamento dos credores trabalhistas e de certos quirografários (Classe I e III) para garantir a adequação entre a geração de caixa do Grupo Oi e o fluxo de pagamento dos referidos credores.
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Somado a isso, a empresa busca a redução do passivo do Grupo Oi para aumentar a disponibilidade de recursos imediatos para manutenção das atividades da Companhia e garantir um fôlego financeiro para que a nova gestão possa adequar a estrutura de capital conforme a realidade financeira da companhia após a implementação de diversas medidas de reestruturação.
A proposta de aditamento passará por assembleia geração de credores, em data não informada, e deverá ser homologada pelo Juízo da Recuperação Judicial. Dessa maneira, pode passar por ajustes.
Pressão financeira na Oi
A atual gestão criticou, entre outras medidas, a venda da UPI ClientCo, que mediante contrapartidas financeiras não pecuniárias, no montante de R$ 5,7 bilhões, não resultou na entrada imediata de receitas líquidas previstas para a contribuição na redução de dívidas.
“O Grupo Oi vem trabalhando para equacionar a sua dívida, reduzir os seus custos e remodelar a sua estratégia de negócios, sobretudo pelo descomissionamento de atividades relacionadas ao antigo regime de concessão e pelo direcionamento de suas operações a novos mercados de alto potencial de crescimento.”
O atual plano de recuperação judicial levou quase um ano para ser criado e homologado, o que ocorreu em maio de 2024, devido à complexidade da reestruturação. Com ele, a Oi prevê a redução de até 75% de sua dívida financeira.
*Com Reuters