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Oi, TIM, Claro e Vivo: veja os detalhes do leilão da unidade móvel que levantou R$ 16,5 bi

14 dez 2020, 19:38 - atualizado em 14 dez 2020, 19:58
Telecomunicações
O trio, que havia apresentado a proposta em julho, planeja dividir os ativos de telefonia celular da Oi assim que receberem aprovação do Cade (Imagem: Unsplash/@tomas_nz)

Como adiantado mais cedo pela a Reuters, a TIM (TIMS3), Claro e Vivo (VIVT3) levaram a unidade móvel da Oi (OIBR3;OIBR4) por R$ 16,5 bilhões, revela comunicados enviados ao mercado nesta segunda-feira (14).

O leilão era aguardado por analistas e investidores pois representa um passo importante no processo de restruturação da operadora.

O trio, que havia apresentado a proposta em julho, planeja dividir os ativos de telefonia celular da Oi assim que receberem aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Oi, que fez um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país em 2016, está vendendo ativos para pagar credores.

Os documentos revelam que do valor total de R$ 16,5 bi, R$ 15,7 bi referem-se ao preço base da oferta e R$ 756 milhões correspondem ao serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pelo Grupo Oi para as compradoras.

TIM, Vivo e Claro também ofereceram à Oi um contrato de longo prazo para alugar sua infraestrutura de telecomunicações.

A unidade móvel da Oi será dividida entre as três operadoras. Veja como será a distribuição:

TIM

A TIM ficou com 44% dos valores de Preço Base e Serviços de Transição, perfazendo aproximadamente R$ 7,3 bilhões.

“Com relação ao financiamento desta aquisição, a TIM, considerando seu baixo endividamento e as condições de mercado atuais, entende ser possível financiá-la através do mercado de dívida local e de sua geração de caixa”, afirmou.

Serão transferidos para a operadora 14,5 milhões de clientes, correspondendo a 40% da base total.

“A alocação de clientes entre as compradoras levou em consideração critérios que privilegiam a competição entre as operadoras presentes no mercado brasileiro”, disse.

Vivo
A Vivo pagará 33% do preço (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

Vivo

A Vivo pagará 33% do preço base e serviços de transição, equivalente a aproximadamente R$ 5,5 bilhões. A operadora ficará com 10,5 milhões clientes da Oi, correspondendo a 29% da base total.

“A companhia reafirma que a transação, a partir de sua concretização, trará benefícios a seus acionistas através da aceleração de crescimento e geração de eficiências em virtude de sinergias operacionais”, informou.

Claro

A Claro ficou com 22% do preço da compra, o que significa R$ 3,7 bilhões. Ao todo, serão transferidos 32% da base total de clientes e aproximadamente 4,7 mil sites de acesso móvel.

“A companhia reafirma que a transação, a partir de sua concretização, agregará valor: (i) para a companhia e seus acionistas por meio da oportunidade de aceleração do seu crescimento e do aumento da eficiência operacional por meio de sinergias”, afirmou.

Veja os documentos:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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