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Operadora de máquinas de mineração cripto emite tokens para arrecadar US$ 35 mi

12 abr 2021, 16:09 - atualizado em 12 abr 2021, 16:09
BitRiver disse que investidores em mineração que tiverem tokens BTR terão o direito de reservar uma quantia equivalente de capacidade de energia na BitRiver e usar até 10% do BTR para pagarem suas contas mensais na fazenda de mineração (Imagem: Twitter/BitRiver)

Com sede na Rússia, a BitRiver lançou um token ERC-20 para vender antecipadamente a capacidade de energia de suas instalações de mineração de bitcoin (BTC). 

Nesta segunda-feira (12), a operadora de fazendas de mineração cripto disse, em um comunicado, que está arrecadando US$ 35 milhões por meio de uma pré-venda de 100 milhões de BitRiver Tokens (BTR), sendo que cada unidade representa um Watt-hora de energia com baixa emissão de carbono em seus centros de dados instalados. O token deve ser listado na Bithumb Global na próxima semana.  

BitRiver disse que investidores em mineração que tiverem tokens BTR terão o direito de reservar uma quantia equivalente de capacidade de energia na BitRiver e usar até 10% do BTR para pagarem suas contas mensais na fazenda de mineração. 

Segundo o whitepaper, a emissão de tokens faz parte da tentativa da BitRiver em garantir clientes mineradores para seus dois centros de operação de dados com 110 megawatt (MW) de capacidade, assim como impulsionar o desenvolvimento de sua terceira localidade, que está em construção e programada para iniciar as operações em setembro, também com uma capacidade de 100 MW.

“Com o lançamento do token BTR, esperamos acelerar nossos esforços para tornar a mineração de criptomoedas mais sustentável, ao mesmo tempo em que oferecemos a investidores de todo o mundo o modo mais fácil de se tornarem, hoje, parte de uma mineração de criptomoedas favorável ao meio ambiente”, disse Igor Runets, fundador e CEO da BitRiver.

Por exemplo, se compradores adquirirem 100 mil BTR a um custo de US$ 35 mil, eles poderão instalar máquinas de mineração de bitcoin nas fazendas da BitRiver, que consomem 100 kilowatt-hora (kWh) de energia, desde que tenham comunicado à empresa com 90 dias de antecedência e façam o staking desses tokens por três meses consecutivos.

Uma capacidade desse tamanho pode fornecer energia para cerca de 30 unidades de AntMiner S19 Pro da Bitmain, que computam a 110 TH/s e é o equipamento de mineração mais eficiente do mercado.

A BitRiver disse que precifica cada BTR a 35 centavos de dólar, pois inclui o custo anual do serviço em seus centros de dados.

Com o mesmo exemplo de 100 mil BTR que equivalem a 100 kWh, a BitRiver assume que o custo anual para usar essa quantia de energia é de US$ 35 mil. Isso significa que o custo mensal é de cerca de US$ 2,9 mil e esse gasto por hora é de US$ 4 – portanto, o preço de cada kWh é de quatro centavos de dólar.

Até 10% dos 100 mil BTR podem ser usados para pagar uma conta mensal, com base em seus preços de mercado, e a BitRiver informou que comprará de volta todos os tokens após cinco anos. 

A iniciativa surge no momento de uma demanda crescente por equipamentos de mineração de bitcoin, ao mesmo tempo em que o mundo passa por uma escassez de chip.

Já que a BitRiver está cobrando, essencialmente, taxas para funcionamento com antecedência, a empresa afirmou que tem uma reserva de 65 milhões de BTR adicionais, para pagar juros de 10% ao ano aos detentores de BTR durante cinco anos.

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