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Otimistas? Ark Invest projeta bitcoin em US$ 2,4 milhões em 2030

27 abr 2025, 10:36 - atualizado em 27 abr 2025, 10:36
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Na última semana, o bitcoin registrou o seu melhor desempenho semanal em mais de cinco meses, com alta acumulada de 11%. (Imagem: designs de Fernando Cortes/ Canva Pro)

Nas últimas semanas, o bitcoin (BTC) não tem vivido os seus melhores dias, pressionado pela guerra comercial travada por Donald Trump, que afeta o mercado como um todo. No entanto, há quem mantenha o otimismo em relação ao futuro da criptomoeda.

A gestora ARK Invest revisou para cima sua projeção mais otimista para o preço do bitcoin até o final de 2030, elevando-a de US$ 1,5 milhão para US$ 2,4 milhões — o que pressupõe uma alta média anual de 72% nos próximos cinco anos.

As projeções dos demais cenários também foram atualizadas: no cenário base, a estimativa passou de US$ 710 mil para US$ 1,2 milhão; no cenário pessimista, de US$ 300 mil para US$ 500 mil. Nessas hipóteses, o bitcoin teria uma valorização média anual de 53% e 32%, respectivamente.

Segundo o analista David Puell, a revisão para cima reflete o aumento do interesse institucional pelas moedas digitais e a consolidação do bitcoin como “ouro digital”.

“Além de suas características de reserva de valor, as baixas barreiras de entrada do bitcoin proporcionam a indivíduos com conexão à internet em mercados emergentes acesso a uma alternativa de investimento que pode proporcionar valorização do capital ao longo do tempo — em oposição a alocações defensivas como o dólar americano — para preservar o poder de compra e evitar as desvalorizações de suas próprias moedas nacionais”, escreve o analista.

Até então, a gestora utiliza estimativas de mercado total endereçável (TAM) e taxas de penetração para calcular o preço do bitcoin. Agora, também passou a considerar o fornecimento “ativo” da criptomoeda, descontando moedas perdidas ou mantidas em carteira por longos períodos.

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Bitcoin tenta se recuperar

Na última semana, o bitcoin registrou o seu melhor desempenho semanal em mais de cinco meses, com alta acumulada de 11% e cotação em torno de US$ 95 mil, impulsionado por fortes entradas em fundos de índice (ETFs), apesar do cenário macroeconômico instável.

A valorização da criptomoeda superou a performance semanal de ativos tradicionais como S&P 500 (+4,5%), Nasdaq (+6,7%) e até o ouro (-1%). O dólar, por sua vez, segue em trajetória de enfraquecimento, favorecendo ainda mais o ambiente para ativos alternativos como as moedas digitais.

Os ETFs de bitcoin à vista listados nos Estados Unidos registraram entradas líquidas de mais de US$ 3 bilhões, o maior volume semanal desde novembro.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.