Mercados

Ouro emenda 5ª alta e supera US$ 4,3 mil por onça-troy com aversão a risco em Wall Street

16 out 2025, 16:31 - atualizado em 16 out 2025, 16:41
ouro
(Imagem: Freepik/Wirestock)

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, fechou em alta pela quinta sessão consecutiva nesta quinta-feira (16), superando o nível de US$ 4.300 por onça-troy pela primeira fez na história.

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Além do enfraquecimento do dólar, em meio à expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, e os desdobramentos das tensões comerciais entre o país norte-americano e a China, o ouro ganhou impulso com a deterioração do sentimento de risco em Wall Street — o VIX, considerado o “termômetro do medo”, atingiu o maior nível desde maio nesta tarde.

O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em dezembro, fechou com avanço de 2,45%, a US$ 4.304,60 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Ontem (15) o metal precioso havia encerrado as negociações cotado a US$ 4.201,60 por onça-troy. 

Durante a sessão de hoje, o ouro também renovou a máxima histórica intradia ao atingir a cotação de US$ 4.314,70 por onça-troy.



O que mexeu com o ouro?

A forte valorização do ouro foi impulsionada, mais uma vez, pela crescente aversão a risco dos investidores globais.

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Em Wall Street, o temor sobre o setor de crédito dos Estados Unidos foi elevado após o banco regional Zions Bancorp informar uma baixa contábil de US$ 509 milhões para cobrir dois empréstimos, e o Western Alliance anunciar que abriu processo contra um de seus tomadores de empréstimos por fraude.

As tensões comerciais entre os EUA e a China e a paralisação (shutdown) da máquina pública norte-americana — que chegou a seu 16º dia consecutivo e caminha para ser um dos mais longos da história — também continuaram a injetar cautela nos mercados e, assim, impulsionar a busca por ativos de segurança, como ouro.

Novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) continuaram a sustentar as apostas de corte nos juros da maior economia do mundo, hoje na faixa de 4,00% a 4,25% ao ano.

Nesta quinta-feira (16), o diretor do Fed Christopher Waller disse que está de acordo com outro corte na taxa de juros na reunião de política monetária deste mês, devido às leituras mistas sobre a situação do mercado de trabalho.

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“Com base em todos os dados que temos sobre o mercado de trabalho, acredito que (o comitê de política monetária do Fed) deve reduzir a taxa de juros em mais 25 pontos-base em nossa reunião que termina em 29 de outubro”, disse Waller, no texto de um discurso a ser proferido em uma reunião do Conselho de Relações Exteriores em Nova York.

O que virá depois dessa reunião, disse Waller, depende dos dados futuros. Ele disse que, ao avaliar a necessidade de mais cortes nos juros, “vou observar como os dados sólidos do PIB conciliam com o abrandamento do mercado de trabalho”.

“A mensagem geral de todos os dados do mercado de trabalho é de enfraquecimento da demanda em relação à oferta, mesmo com uma imigração substancialmente menor e um declínio na participação da força de trabalho este ano”, disse ele.

Waller também destacou que o Fed vai para a reunião deste mês sem dados importantes devido à paralisação do governo dos EUA, e que os dados privados estão enviando sinais mistos sobre a situação das contratações.

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Já o também diretor do Fed Stephen Miran afirmou não estar preocupado com o risco de que a flexibilização da política monetária inflacione ainda mais preços de ativos que estão historicamente altos e, em alguns casos, recordes.

“Quando penso nas condições financeiras que mais importam em termos de economia real, são aquelas relacionadas à habitação, e essas parecem muito menos frouxas”, disse Miran, à margem de uma reunião do Instituto de Finanças Internacionais. “Há pessoas que estão preocupadas com isso (aumento do preço dos ativos). Meu foco é a inflação e o emprego máximo.”

Na tarde de hoje, os operadores viam  96,8% de chance de o Fed cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%, na próxima decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em 29 de outubro. Ontem (15), a probabilidade era de 97,3%, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group.

A chance de corte de 0,50 ponto percentual, por sua vez, subiu de zero (ontem) para 3,2% hoje.

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*Com informações da Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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