Ouro acumula alta de 30% em 2025 com incerteza global; possível desvalorização no curto prazo não preocupa, diz analista

A política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue impactando as expectativas sobre a economia global. Diante das incertezas a respeito de uma eventual recessão americana, com a escalada da guerra comercial, o valor do ouro bate recordes.

Nesta terça-feira (22), o metal atingiu a máxima histórica de US$ 3,5 mil por onça-troy (medida oficial que equivale a 28,3 gramas). Em entrevista ao Giro do Mercado, o analista da Empiricus Research, Enzo Pacheco, ressaltou a busca do mercado por um porto seguro.

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“Toda essa incerteza gera preocupação dos investidores, que normalmente buscam ativos mais seguros, como dólar, treasuries americanos e o ouro. Especificamente desta vez, tivemos uma desvalorização do dólar ante o Euro, Iene e Libra”, afirmou Pacheco.

Neste cenário, com o dólar perdendo força e os juros futuros dos treasuries americanos subindo, o ouro acabou se tornando uma opção mais segura globalmente. O analista destacou que há um movimento constante de valorização desde janeiro, com a alta de abril chegando a quase 10%.

Segundo Pacheco, seria normal observar um movimento de realização no curto prazo, segurando a valorização diária do ouro. “É normal desvalorizar no curto prazo, mas até onde? Se falar em queda de 10%, ainda está muito superior aos últimos anos”, disse.

No cenário doméstico, o Ibovespa (IBOV) sobe após pausa para feriados, puxado por MRV (MRVE3), Pão de Açúcar (PCAR3) e frigoríficos. As ações da Vale (VALE3) também operam em alta e o índice segura os 130 mil pontos, por volta das 13h30.

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O especialista ainda comentou sobre os efeitos das críticas de Trump a Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, e as expectativas para a temporada de resultados. Para acompanhar o programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube. 

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